O número de comerciantes da região metropolitana de São Paulo com estoques adequados atingiu 55,3% em setembro. Segundo a FecomercioSP (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo), esta é a maior proporção desde julho de 2015 e é o quinto mês seguido que o porcentual fica acima dos 50%.
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O que isso significa? Significa que os comerciantes estão conseguindo não ter nem estoque demais e nem o contrário. As duas situações representam perdas ao varejo. No primeiro caso, os comerciantes precisariam reduzir os preços, comprometendo margens, para renovar o estoque; no segundo, ele perde a oportunidade de vender e frustra o consumidor por não ter o produto,
De acordo com a Federação, a retomada da atividade econômica tem influenciado na melhora de percepção de estoques. Afinal, paulatinamente, o consumo volta a crescer.
Os dados da Federação mostram que o Índice de Estoques do comércio cresceu 3,3%, passando de 107,1 pontos em agosto para 110,7 pontos em setembro. Em relação ao mesmo mês de 2016, quando o índice atingia 99 pontos, houve um aumento de 11,7%.
Ainda dá para melhorar
De acordo com a assessoria econômica da FecomercioSP, “os indicadores de estoques, de forma geral, continuam em patamar melhor do que o passado recente, mas aquém do desejável de uma economia em sua plenitude (algo que ainda não ocorreu)”.
Segundo a Federação, “aparentemente, agora se abre uma boa janela para um ajuste mais profundo, principalmente com redução dos estoques excedentes para um patamar abaixo dos 30%. Nesse sentido, deve-se acompanhar o desempenho das vendas do varejo no Natal que podem surpreender positivamente”.