Depois de crescer mais rápido que o esperado e enfrentar interrupções pontuais por conta do hype, o Clubhouse está finalmente pronto para receber usuários do mundo inteiro. A partir desta terça-feira (18), os usuários brasileiros que usam Android já podem baixar o app.
Além de Japão e Rússia, cujos usuários de Android também já podem acessar a rede, indianos e nigerianos terão o acesso pelo sistema operacional até o final desta semana. Até então, usuários de todos esses países conseguiam encontrar o app na Play Store, loja oficial do Android, mas apenas para fazer um cadastro. Assim como usuários de iOS, os que aderem no sistema Android também precisam ser convidados por algum contato para fazer parte do Clubhouse.
“Nosso plano nas próximas semanas é coletar feedback da comunidade, corrigir quaisquer problemas que virmos e trabalhar para adicionar alguns recursos finais, como pagamentos e criação de clubes, antes de implementá-los de forma mais ampla”, disse a rede social em comunicado na semana passada, quando anunciou a versão Android para usuários nos Estados Unidos.
Com 10 milhões de usuários em cerca de um ano de vida, hoje a empresa é avaliada em US$ 4 bilhões e chama a atenção pelo sucesso. No entanto, seu app ganhou serviços parecidos, como o Spaces do Twitter e o Stage Channels da Discord — para não dizer que Facebook, Spotify, Slack, LinkedIn e Reddit já anunciaram o desenvolvimento de recursos que usam o poder da voz em rede.
Por isso, a importância de se manter o crescimento nos trilhos, segundo a própria Clubhouse. “Isso (interrupção nos serviços) nos fez mudar o foco para contratação, conserto e construção da empresa, em vez de reuniões da comunidade e recursos de produto que normalmente gostamos de nos concentrar.”
O poder do áudio
Uma novidade que agradou muita gente no começo do ano, o Clubhouse reforça duas tendências vistas no consumo de conteúdo por redes sociais: a comunicação por voz e a exclusividade.
No período de fadiga com o tempo de tela, a troca de áudios virou uma grande atração para quem quer se expressar de forma mais espontânea no distanciamento social sem videochamadas. Quanto à tendência de exclusividade, consultorias e grupos de pesquisa sugerem que o futuro das redes sociais está na construção de valor por meio de qualidade e força das conexões — em vez de efeitos de rede por escala.
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