Você, provavelmente, já ouviu falar em cidades inteligentes. O nome às vezes soa um pouco estranho, até porque o termo “inteligente” é utilizado para adjetivar pessoas, e não lugares, certo?
O conceito, neste caso é seguinte: cidades inteligentes, também conhecidas como smart cities, são aquelas que otimizam a utilização de recursos para melhor servir a sua população. Através do auxílio de tecnologias digitais e disruptivas alinhadas ao progresso social e ambiental, esses locais conseguem aperfeiçoar os serviços públicos e, consequentemente, melhoram a qualidade de vida dos seus cidadãos.
Entre as atividades priorizadas e otimizadas por esses centros urbanos inteligentes, é possível citar a mobilidade, redes de energia, sistemas de informação e comunicação, saneamento básico, educação, saúde, monitoramento de crimes e práticas de sustentabilidade.
As cidades mais inteligentes do Brasil
No Brasil, há em torno de trinta cidades inteligentes, contudo, de acordo com um ranking geral do Connected Smart Cities, as que mais se destacam são: São Paulo (SP), Florianópolis (SC), Curitiba (PR), Brasília (DF) e Vitória (ES), respectivamente nessa ordem. Como é possível notar, a seleção não é formada com base no tamanho ou na localização geográfica das cidades.
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A seguir, conheça as características que levam esses centros urbanos a serem considerados os mais inteligentes do país:
São Paulo
Há inúmeros fatores que fazem de São Paulo a cidade mais inteligente do Brasil, entre eles está a existência do cadastro imobiliário informatizado, o agendamento on-line de consulta na rede pública de saúde, o crescimento no número de empregos, e a presença de ciclovias estruturadas e de semáforos inteligentes.
A capital paulista também conta com uma excelente conexão banda larga (93,7 Mbps), uma cobertura 4G para 99,8% dos cidadãos, além de serviços que permitem a 100% da população ter acesso a água.
Florianópolis
A segunda cidade mais inteligente do país conta com semáforos automatizados, sistema de bilhete eletrônico nos transportes públicos e 28,3 Km de ciclovia para cada 100 mil habitantes.
Além disso, Florianópolis vem se destacando economicamente, ao apresentar um crescimento de 6,34% no PIB per capita e um aumento de 5,48% no número de empregos.
Curitiba
A cidade, que ficou em terceiro lugar no ranking geral do Connected Smart Cities, usufrui de um grande desenvolvimento social, ambiental e econômico.
A capital paranaense evidencia um expansivo aumento no número de empresas do ramo de tecnologia e economia criativa, além de contar com a presença da iniciativa Vale do Pinhão, que, através da união entre o poder público, universidades, startups e entidades de fomento, leva inovação e crescimento sustentável para toda a população.
Brasília
A capital do país conta com 7 operadoras de fibra óptica, uma excelente conexão banda larga, cobertura 4G para 99,6% da população, 3 polos tecnológicos, cadastro imobiliário informatizado e um sistema de iluminação inteligente.
Além disso, no quesito mobilidade urbana, Brasília possui diversas linhas de metrô, sistema de bilhete eletrônico nos transportes públicos, semáforos automatizados e 18,3 Km de ciclovia para cada 100 mil habitantes.
Vitória
A região, que ganha relevância pelo seu exímio desenvolvimento na área tecnológica, desfruta de uma boa conexão banda larga, cobertura 4G para 100% da população e 2 polos de tecnologia.
Além disso, a capital do estado do Espírito Santo também se destaca no quesito saúde. Isso porque ela conta com mais de 4000 médicos e quase 2000 leitos hospitalares.
Benefícios das cidades inteligentes
Ao longo do texto, foi possível verificar as principais características dessas 5 cidades inteligentes. Entretanto, de que forma tais inovações tecnológicas beneficiam a população?
Resumidamente, o grande desenvolvimento dessas regiões está sendo capaz de promover mais recursos na área da saúde, tecnologia, educação, segurança e mobilidade, o que, consequentemente, auxilia o bem-estar populacional.
Um exemplo simples é a extensa cobertura 4G e a ótima conexão banda larga, que além de possibilitarem uma maior conectividade entre as pessoas, também asseguram um fácil acesso a diferentes tipos de informações e conteúdos do meio digital.
Outro caso são as atividades de saneamento básico (tratamento e distribuição de água potável, coleta e tratamento de esgoto e coleta e destinação correta dos resíduos sólidos), que atingem quase 100% dos habitantes das cidades inteligentes. Tais serviços favorecem diretamente na queda da mortalidade infantil e na redução de doenças de veiculação hídrica, como diarreia e vômito.
Por último, também podemos exemplificar como as tecnologias aplicadas na mobilidade urbana auxiliam a comunidade. Afinal, o uso de bilhetes eletrônicos nos transportes públicos, e a existência de semáforos inteligentes, ciclovias e linhas de metrô, certamente, tornam a rotina no trânsito muito mais acessível, tranquila e segura.
Cidades inteligentes e o meio ambiente
Não é segredo para ninguém que uma estrutura urbana eficiente tem como obrigação abranger questões ambientais. Todavia, de que forma isso acontece nas cidades inteligentes?
E a resposta é: isso ocorre através do monitoramento de áreas preservadas, do uso de tecnologias limpas e da implementação da gestão pública integrada, que visa unir os recursos utilizados na cidade à preservação ambiental.
Desse modo, é possível averiguar que as regiões inteligentes não apenas objetivam o investimento em tecnologias e no bem-estar populacional, como também aspiram diversos cuidados com a natureza, respeitando assim os critérios da Environmental, Social and Corporate Governance (ESG), traduzido como Governança Ambiental, Social e Corporativa.
Melhorias nas cidades inteligentes
Apesar do grande progresso nas áreas tecnológicas, ambientais e sociais, as cidades inteligentes ainda têm potencial para apresentar melhorias.
No caso, esses aperfeiçoamentos estão ligados, especialmente, a capacidade de tais regiões entregarem, através do uso de seus recursos inovadores, qualidade de vida para um público cada vez maior. Afinal, o desenvolvimento de uma cidade deve abranger todos os seus residentes, e não apenas boa parte deles.
Além disso, é preciso que as smart cities estejam preparadas para gerenciar um aumento no número de habitantes. Isso porque, de acordo com um estudo da Organização das Nações Unidas (ONU), a expectativa é que as áreas urbanas, que hoje comportam 55% da população mundial, passem a comportar 70% até 2050.
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