Parece difícil assimilar as mudanças de forma tão rápida, mas há algumas inovações na área de tecnologia que já são uma realidade. Uma delas é o metaverso, que em 2021 saiu do plano das ideias e entrou no plano dos investimentos — a ver pela mudança do nome do Facebook para Meta e de outras empresas que vêm adaptando seus processos e e-commerces para essa nova realidade digital.
Leia mais: Metaverso: como a nova realidade pode impactar a experiência do cliente?
A espera para viver em um mundo digital tão próximo ao físico, especialmente com essa mistura imensa de tecnologias que o metaverso propõe, está cada vez menor. Empresas como o Tinder, Microsoft, Minecraft, Nike, Roblox e outras já anunciaram que terão atividades nesse ambiente e pretendem transformar a interação do consumidor com a marca.
Sendo assim, os preparativos e iniciativas já iniciaram em 2022 com grandes oportunidades para as empresas de inúmeras áreas. Mas a ânsia de começar algo novo precisa, é claro, de algumas regras para proteção dos usuários.
É por esse motivo que a cibersegurança já dá sinais de que o amparo ao consumidor vai além das realidades que conhecemos. É tempo de pensar a responsabilidade de dados dentro do metaverso para que esse novo ambiente funcione da maneira mais segura possível.
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Por um metaverso mais seguro para os usuários e empresas
Se já é difícil proteger e mensurar a quantidade de dados formados todos os dias pelos usuários mundo a fora na internet, fica ainda mais difícil imaginar esse cenário no metaverso — sobretudo que, dado a novidade, as regras de uso ainda não estão tão bem estabelecidas. É por isso que pensar a cibersegurança antes do real “lançamento” desse espaço é tão importante: a precaução pode ser a peça fundamental para que as empresas de fato se conectem aos usuários por meio desse novo ambiente tecnológico.
Pensando nisso, a Kaspersky separou quatro pontos de atenção dentro do metaverso que podem ser peças-chaves para a convivência e evolução desse espaço com segurança. Confira:
Avatares e roubo de identidade
Ao que tudo indica, o metaverso deverá trabalhar com um pressuposto muito semelhante a jogos online de interação social — que, vale dizer, não são exatamente uma novidade: The Sims, Club Penguin e até o tão famoso Neopets já trabalhavam com esse conceito anos atrás —, o que significa que, para estar logado a esse ambiente, será necessário desenvolver um avatar.
A personalização desse processo é a parte que encanta os olhos do usuário: criar um avatar de livre e espontânea vontade, que pode se parecer fisicamente com ele mesmo ou representar um desejo contido de aparência. Entretanto, é justamente no encanto que os portões de segurança ficam mais frágeis: a “avatarização” está tão sujeita ao roubo de identidade quanto uma rede social comum.
Segundo a Kaspersky, o metaverso terá que lidar com formas para prevenir o roubo de identidade e sequestro de contas por login com redes sociais e jogos multiplayer. A empresa complementa, ainda, que essas situações podem gerar chantagens, roubos de moedas virtuais — tanto de carteiras virtuais quanto de itens mais caros, como skins em jogos e créditos em lojas —, fraudes e golpes com outros usuários.
Dessa forma, é fundamental que as empresas proporcionem um ambiente seguro e que seja fácil de comprovar a identidade de seus usuários.
Metaverso e engenharia social
Outro ponto que a Kaspersky chama atenção são os esquemas de engenharia social, no qual as pessoas inseridas no metaverso podem se passar por quem não são e agir de má fé.
A empresa alerta para esquemas de catfishing — atividade na qual a pessoa cria uma identidade falsa nas redes sociais, e-mails ou avatares em jogos e demais ambientes virtuais. Essa prática normalmente envolve um relacionamento romântico virtual e a fraude está contida em pedir dinheiro por meios ilícitos e enganação. Em um ambiente como o metaverso, no qual a conexão também se entrelaçará com um meio de consumo pago, essas ações podem ficar mais frequentes e engenhosas.
Além do catfishing, a companhia alerta também para stalking, processo no qual há uma perseguição pelas redes sociais e conhecimento de dados privados, e doxing, no qual hackers pesquisam e transmitem dados privados sobre um usuário ou organização para terceiros — o que também pode ser feito por meio de avatares e redes sociais — em troca de dinheiro.
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Privacidade de dados e informação segura
Não que esse já não seja um problema na internet atual, mas com o metaverso, os órgãos reguladores para proteção de dados e privacidade do usuário têm se sentido mais inseguros. Se nas redes sociais o processo já é muito aberto, sobretudo pela falta de informação e conhecimento de segurança, em um ambiente virtual compartilhado como o metaverso as tecnologias podem facilitar acesso a dados pessoais.
Assim, a companhia alerta que será necessária ainda mais atenção no que é publicado ou feito dentro do metaverso, sempre pensando na melhor forma de proteger os dados pessoais. Isso significa também estabelecer nesse novo universo uma série de plataformas de segurança que garantam a proteção do usuário — em especial para transações financeiras.
Tecnologia como aliada da cibersegurança; e não do ciberataque
Com a ascensão dos criptoativos, foram criadas inúmeras formas de garantir a segurança das transações e das moedas digitais. E tudo indica que as transações financeiras dentro do metaverso serão exclusivamente digitais — o que puxa uma maior participação desses ativos por parte dos usuários.
Assim, se a tecnologia de blockchain foi usada para assegurar as transações de criptoativos, elas também podem ser adaptadas para o metaverso em vias de garantir outras proteções. É preciso relembrar, destaca a Kaspersky, que o metaverso será um ambiente com tecnologia bem mais avançada do que estamos preparados; e isso facilita a origem de novas fraudes e golpes cibernéticos.
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