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Pesquisa com CEOs aponta desafios e tendências da transformação digital

Pesquisa com CEOs aponta desafios e tendências da transformação digital

Estudo realizado por Data-Makers e CDN mostra que tema está em pauta, mas falta de profissionais e de cultura são obstáculos para avanço das empresas nesse campo

A transformação digital tem sido um fator determinante para a evolução da sociedade e das empresas ao redor do mundo, ao mesmo passo que a revolução tecnológica implica em vários desafios, incluindo a necessidade de adaptações muito rápidas. Em uma nova série de estudos, o instituto de pesquisa e big data Data-Makers e a agência de relações públicas CDN realizaram a pesquisa “Transformação Digital e Líderes de Negócios”. A análise contou com a participação de 373 líderes de negócios, entre CEOs e C-Levels dos mais diferentes segmentos, para compreender como as lideranças se relacionam com o tema, a evolução da pauta no Brasil, insights e expectativas para o futuro.

Ao contrário de temas ainda incipientes no país, mostrados nas séries anteriores do Data-Leaders, como ESG e Diversidade, Equidade e Inclusão, há consenso entre os executivos sobre a vital importância da transformação digital como fator de sobrevivência para as organizações. O estudo mostra que 73% dos CEOs e C-Levels qualificaram a pauta como de extrema importância para o futuro dos negócios.

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Do ponto de vista de familiaridade com o assunto, um terço dos líderes afirma ter total conhecimento sobre o tema. Vale lembrar que o estudo foi realizado com executivos de diversos segmentos, e não com especialistas no assunto, o que torna este dado ainda mais relevante.

Eficiência operacional e resultados de negócios foram apontados como os principais motivos para a adoção de transformação digital, prova de que o tema é visto como fator imprescindível dentro das empresas. Por outro lado, a falta de profissionais e da cultura de transformação digital nas organizações são as principais barreiras, seguidas pela falta de conhecimento sobre o assunto, estrutura organizacional engessada e escassez de recursos financeiros.

“A pesquisa mostra que os líderes de negócios estão mais envolvidos com o tema em comparação com ESG e Diversidade, por exemplo. Os executivos foram cirúrgicos em apontar a capacitação de profissionais e a falta de cultura como principais barreiras, mostrando um entendimento de que não bastam somente ferramentas e tecnologia. Sobre os drivers de adoção, vale destacar ‘tomada de decisão data-driven’ e a ‘necessidade de acompanhar o comportamento do consumidor’, o que mostra o quanto os líderes estão atentos às tendências”, afirma Fabrício Fudissaku, CEO da Data-Makers.

Maturidade e perspectivas de investimento em transformação digital

Sobre a atenção que a transformação digital recebe dentro das empresas, as opiniões se dividem em dois grandes grupos: 41% acreditam que o tema merece um olhar mais atento e 49% acham a atenção que ele ganha satisfatória. Na comparação sobre o estágio de maturidade digital de suas companhias com o mercado, os líderes adotaram uma postura de cautela. Nesse cenário, metade dos entrevistados indicaram que suas organizações estão na média, enquanto 29% colocaram suas empresas como inferiores.

Apenas 17% avaliaram o estado atual de suas empresas como avançado, com a existência de um roadmap de digitalização sistêmica, definido e modelos de negócios e cultura adaptados à transformação tecnológica. O porte da empresa é a variável mais importante nesse dado. Quando maior ela é, mais avançado está o seu estágio de maturidade digital.

“O que a gente percebe nos mais diferentes níveis, tamanhos e segmentos de empresas é a demanda cada vez mais latente pelo pensamento data-driven para embasar tomadas de decisão. Não por acaso, utilizamos muita inteligência de dados em todos os nossos processos e entregas, incluindo ferramentas como o IQEM (Índice de Qualidade de Exposição na Mídia), que se tornou um KPI importante de mensuração para comunicação, orientando rumos estratégicos e o nível de investimento das empresas”, afirma Fernanda Dantas, head de Digital e Inteligência de Dados da CDN.

O estudo aponta para uma boa perspectiva de futuro quando se trata de pensar no horizonte de investimentos em transformação digital. Entre os líderes ouvidos, 47% afirmam que a tendência em suas empresas é de aumento dos aportes nesse sentido, enquanto 49% pretendem pelo menos manter o nível de injeção de verba. Apenas 4% falam em diminuir o investimento.

Entre as tecnologias que deverão receber mais atenção nesse movimento dentro dos próximos 12 meses, destaque para Inteligência Artificial (38%), Machine Learning (26%), Big Data (23%) e Internet das Coisas (20%). “Vemos no dia a dia o crescente interesse dos líderes de negócios de todos os setores e áreas por inteligência artificial e big data. Além de pesquisas, atuamos como agência de big data e é notório o quanto os líderes de negócios brasileiros vêm amadurecendo nestes temas. Pensando nesta demanda, o próximo estudo da série Data-Leaders será sobre IA”, pontua Fabrício.

Outro ponto interessante é que a grande maioria dos líderes irá se envolver em iniciativas de transformação digital. Enquanto CEOs estão mais propensos a apoiar (51%) e liderar (23%) tais iniciativas, os C-Levels se destacam pela participação ativa nos projetos (37%). Nas grandes e médias empresas, vemos líderes dispostos a apoiar as iniciativas (57% e 63%, respectivamente), enquanto nas pequenas empresas, vemos a participação direta como principal forma de colaboração (48%).

Marcas e profissionais lembrados

No quesito associação de marca com o tema transformação digital, o Google foi líder em menções com 14%, seguido pela Amazon com 13% e Mercado Livre com 11%. Dentre as 42 empresas citadas, as multinacionais foram destaque. Por outro lado, 32% dos executivos não indicaram nenhuma empresa associada com a temática.

Na menção dos profissionais vistos como referências no assunto, Silvio Meira, professor e cientista, e Walter Longo, ex-presidente do grupo Abril, publicitário e administrador, foram os mais citados, com 3% de menções cada. No total, foram citados 49 profissionais, mas 53% dos entrevistados não souberam indicar nenhum, o que mostra ainda um vasto campo para quem pretende se colocar como um notório especialista no assunto.

A iniciativa Data-Leaders tem como parceiros estratégicos a consultoria de recursos humanos Michel Page, os veículos Mundo do Marketing e Consumidor Moderno, a agência de publicidade Martin Luz, a produtora audiovisual especializada em live stream Cross Host, o centro de estudos em liderança e governança Celint, a empresa especializada em inovação aberta Liga Ventures, além do apoio do portal de dados Data-Crush.

O estudo foi produzido com 373 líderes de negócios, entre CEOs e C-Levels de diferentes segmentos e tamanhos, e foi baseado em pesquisa online quantitativa de autopreenchimento. A seleção de participantes é realizada pelas empresas parceiras da iniciativa, e a análise de dados é trabalhada pela Data-Makers por meio de técnicas estatísticas, como análise descritiva, correlacional e inferencial, para identificar padrões, tendências e associações.

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