Empreender é uma arte. É o ato de criar projetos, colocar ideias em prática, buscar soluções, quebrar paradigmas. E pode-se dizer que é muito mais: é imersão, disrupção, compreensão, amor. Mesmo no Brasil, onde os empreendedores passam por tantos percalços, muitos modelos vencedores existem no mercado e existe uma grande razão (entre muitas) para isso: nosso ecossistema está formado com muita capacidade. Não chegou a um grande nível de maturidade, mas ele existe, pulsa e cria conexões muito bem fundamentadas. A Startup Farm é um dos grandes exemplos dessa realidade.
Durante o Whow! Festival de Inovação, os participantes puderam conhecer a aceleradora, localizada no Campus São Paulo, o espaço do Google For Entrepreneurs. O grupo era bastante heterogêneo e curioso: profissionais do ramo de agronegócio, shopping center, marketing digital, além de interessados buscando novos parâmetros. Uma apresentação rica foi apresentada por Alvaro Machado Neto, diretor de operações da aceleradora.
Um pouco de tudo foi abordado – o que são startups e a grande incerteza que ronda esses negócios; a grande necessidade de testes e metodologias para validar os modelos; a importância de um ecossistema bem formatado, com parcerias empresariais e apoio do governo. “Inovação e empreendedorismo são assuntos recorrentes hoje nas empresas. Elas querem saber, mas não sabem como aplicar nem por onde começar. É aí que nós entramos”, explicou.
Trajetória de sucesso
A Startup Farm foi fundada em 2010 e mesmo com menos de 10 anos de história é considerada a aceleradora mais experiente da América Latina. A Easy Táxi, hoje chamada de Easy, começou por lá – levou seu modelo, seu problema e colocou o projeto para funcionar.
Atualmente, a aceleradora está em seu 22º programa de aceleração. Os participantes têm acesso a tudo o que há de mais importante quando o assunto é startup: conteúdo, networking, mentorias e bancas que validam (rigorosamente) seus pitchs. “É importante que o empreendedor saiba o mais rápido possível se o seu modelo é válido ou não. Poupa investimento e esforço”, contou Neto. Isso porque não adianta simplesmente ter uma boa ideia, ela tem que fazer sentido no mercado, precisam existir clientes, pessoas que paguem por aquela solução.
Ambiente de troca
O especialista destacou com bastante ênfase a importância de os empreendedores conhecerem pessoas. É vital construir uma boa rede de relacionamento, com profissionais capacitados que possam abraçar o sonho em conjunto. Essa é uma premissa da Startup Farm e os processos de aceleração trazem uma grande troca de experiências entre os participantes.
O próprio prédio auxilia bastante nessa missão. A Startup Farm foi a primeira aceleradora da América Latina a tornar-se parceira do Google For Entrepreneurs. Não à toa, é residente do Campus São Paulo, um hub da empresa norte-americana que tem como objetivo fomentar o empreendedorismo local.
Os números da aceleradora são bastante inspiradores: já foram mais de US$ 100 milhões levantados em investimentos, mais de 250 startups aceleradas e diversos parceiros beneficiados pela rede empreendedora. “Pelo contato com novos negócios, conseguimos antever tendências com bastante facilidade. A cada seleção, conseguimos identificar os nichos que mais estão em desenvolvimento, como agronegócio e fintech”, apontou Neto. Se as empresas buscam uma mudança de mindset, esse pode ser o parceiro ideal.
A primeira edição do Whow! Festival de Inovação, organizado pelo Grupo Padrão, que publica NOVAREJO, acontece em mais de 70 lugares de São Paulo. Acompanhe a cobertura aqui e nas redes sociais com a #WhowFestival!