A Inteligência Artificial generativa vem se destacando nos anos de 2023 e 2024 como uma verdadeira faísca de mudança. Em eventos por todo o Brasil, discussões fervorosas sobre o uso da IA estão em alta. Tudo começou com o ChatGPT-3 em 2023, mas o lançamento do ChatGPT-4 e sua versão mais recente, Omni, têm impressionado ainda mais.
Todas as grandes big techs estão nessa corrida pelo ouro da IA. Temos o LLaMA da Meta, Gemini do Google, Claude da Anthropic, Microsoft Copilot, entre outras. Além disso, novas ferramentas revolucionárias como o Midjourney, DALL-E e a recém anunciada Sora da OpenAI estão surgindo. Se 2023 marcou o início da era da IA, 2024 será lembrado pelos anúncios e pela competição intensa no setor. Ainda não sabemos se a grande revolução ocorrerá em 2024, 2025 ou 2026, mas uma coisa é certa: a corrida pela IA está em um ritmo acelerado, digno de uma corrida de dragsters.
Com todos esses avanços, governos e órgãos regulatórios estão correndo para prever (ou tentar adivinhar) os potenciais problemas da era pós IA. A adoção massiva da tecnologia é inevitável, mas o entendimento do público sobre a Inteligência Artificial generativa ainda é limitado. Enquanto alguns tentam agir com cautela, discutindo riscos e criando barreiras para problemas que ainda não ocorreram, pouco se explora sobre as reais oportunidades que essa tecnologia oferece.
O verdadeiro impacto na sociedade
Os discursos redundantes sobre a necessidade de cuidado com IA e as discussões superficiais sobre suas capacidades são frequentes. Porém, essa abordagem foca apenas no presente e nos descobrimentos imediatos, nos cegando para os reais impactos, tanto positivos quanto negativos, dos avanços da IA generativa.
Um dos impactos diretos é o crescente problema de confiança na internet. Fraudes e deepfakes cada vez mais elaborados tornam imprescindível a criação de soluções como verificações de prova de humanidade. Exceto por algumas iniciativas isoladas, ainda não temos uma solução consolidada para prevenir problemas de confiança. Por outro lado, a evolução rápida dos LLMs (Modelos de Linguagem Generativa) vai acelerar o desenvolvimento de aplicativos e soluções mais sofisticadas.
Blockchain: o protocolo da confiança
Em contraponto aos riscos da IA, temos a tecnologia Blockchain, também chamada de protocolo da confiança. O Blockchain permite soluções que atestam a autenticidade de forma inviolável e transparente. Se de um lado a IA generativa aumenta a velocidade de criação e gera imagens e vídeos que podem roubar rostos e vozes, do outro lado o Blockchain oferece uma forma de assinatura ou verificação de interações, tornando registros auditáveis e verificáveis.
A relação entre a criação massiva de conteúdos pela IA Generativa e a verificação via Blockchain será essencial para a nova fase da internet. Teremos uma internet mais inteligente, com soluções para problemas antigos, resolvidos por novas tecnologias.
Um olhar além das superfícies
Enquanto muitos focam nas questões superficiais da IA, precisamos olhar além dessas aplicações imediatas. Esse “além” nos mostrará novos caminhos e necessidades, que só poderão ser resolvidos com novas tecnologias, impulsionadas pela própria IA generativa.
Juliano Kimura é CEO e fundador da Trianons, empresa especializada em soluções de comunicação em mídias sociais e inovação digital, e da Confraria Web3. É também Community Specialist da Worldcoin no Brasil – projeto de Sam Altman, criador do ChatGPT. Possui 15 anos de experiência ministrando cursos e palestras de alto impacto.