De acordo com uma pesquisa da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o carnaval deste ano deve render R$ 6,78 bilhões ao País, ou 3% maior que em 2018. Será o primeiro resultado positivo desde 2015. Em 2016, foi de -12,7%; em 2017, -6,6%; e 2018, -0,5%.
LEIA MAIS
Varejo deve retomar nível de crescimento pré-crise em 2020, diz CNC
Varejo cresce 2,3% em 2018, melhor resultado em cinco anos
“Três fatores contribuem para tal crescimento: o primeiro é a base comparativa muito fraca porque houve três anos consecutivos na queda da receita do turismo. O segundo ponto é o dólar com valorização de cerca de 20% em relação à cotação do carnaval passado. O dólar mais alto beneficia o turismo doméstico e para o turista estrangeiro, que tem a moeda valorizada, o carnaval é uma boa oportunidade de conhecer o brasil. O terceiro fator é o comportamento de preços, onde o setor de turismo tem uma dificuldade grande de repassar qualquer aumento de preço ao consumidor final”, explica o economista-chefe da CNC, Fabio Bentes.
A pesquisa também revela que os estados do Rio de Janeiro e de São Paulo deverão apresentar os maiores faturamentos do feriado prolongado estimados em mais de R$ 2 bilhões e R$ 1.8 bilhão, respectivamente. Juntos representam 62% da movimentação financeira do carnaval.
Aumento do fluxo no comércio
De acordo com estudos da Seed Digital, o carnaval pode ser aproveitado para melhorar o faturamento no varejo. No entanto, para alcançar resultados positivos é primordial antecipar os preparativos e colocar o planejamento em prática, aproveitando o período antes do carnaval para promover ações promocionais que ajudam incrementar as vendas do período.
Uma boa estratégia é ambientar a loja e destacar os itens com maior procura no período, como adereços, acessórios, protetor solar, entre outros. A venda de itens sazonais será relevante desde que haja uma exposição adequada para esses produtos.
Já durante os dias de carnaval, a previsão é de queda de fluxo no comércio varejista, em comparação à média anual. No ano passado, as vendas no varejo brasileiro ficaram 2,3% abaixo da média das outras semanas do ano. O varejo do estado de São Paulo ficou 7,3% negativo, e o varejo carioca -32,4% em relação à média. O Rio de Janeiro tem maior queda no fluxo por conta da cidade ter um dos carnavais mais populares do país, tendo mais blocos de rua e atrapalhando as vendas das lojas físicas.