O número de empresários do varejo da Região Metropolitana de São Paulo passou de 39,8% para 37,5% entre maio e junho, segundo dados divulgados pela FecomercioSP (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo). Com isso, o índice que mede a adequação dos estoques registrou um crescimento de 7,3% no período.
Isso significa que os varejistas estão começando a se adequar à nova realidade de consumo. O índice registrou 93,8 pontos. A percepção dos comerciantes sobre o volume de mercadorias estocadas nas lojas varia de zero (inadequação total) a 200 pontos (adequação total). A marca dos cem pontos é o limite entre inadequação e adequação.
Na comparação com o mesmo período de 2015, quando o índice de adequação marcou 101,5 pontos, o indicador de junho é 7,6% inferior.
Segundo a Federação, o aumento se deu pela queda tanto do número de empresários que afirmaram estar com estoques abaixo do adequado quanto do número de empresários com excesso de mercadorias nas prateleiras. A parcela dos que afirmaram estar com estoque acima do adequado passou de 39,8% em maio para 37,5% em junho. A parcela de comerciantes que declararam estar com estoques baixos, por sua vez, passou de 16,3% em maio para 15,6% em junho.
Segundo os economistas da Federação, contudo, mesmo com a melhora dos estoques nos meses de maio e junho, boa parte dos empresários ainda está com os estoques elevados. “Apesar do conservadorismo do varejo, está difícil ajustar o volume de mercadoria diante do ritmo fraco das vendas”.
Para a Federação, “a perspectiva é de ajuste ainda lento dos estoques, mas, a partir dos próximos meses, o processo, ao menos, deve ser mais consistente. O diferencial entre a parcela dos empresários com estoques acima e a parcela com estoques abaixo do adequado ainda é alto, mas, após o recorde atingido em abril deste ano, recuou por dois meses seguidos e pode cair ainda mais nos próximos meses com os efeitos da retomada da confiança dos consumidores e o aumento esperado do movimento no varejo”.