A proporção de famílias endivididadas finalmente cedou um pouco, segundo apurou a CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo). Em abril deste ano, o porcentual de famílias com dívidas atingiu 59,6% das famílias do País, contra os 61,6% do mesmo mês do ano passado.
“Há três meses que a Peic apresenta retração e em abril chegou ao seu menor patamar desde março de 2015. Esse resultado evidencia a retração do consumo com uma cautela maior do consumidor”, avaliou em nota a economista da CNC Marianne Hanson.
Apesar dessa queda, o percentual de famílias que relataram ter contas em atraso subiu em relação ao ano passado e passou de 19,7% para 23,2% agora. Em relação a março, porém, houve queda, pois era de 23,5%.
Outro indicador que também diminuiu na comparação mensal é o que se refere às famílias que não terão como pagar as dívidas e que, portanto, vão permanecer inadimplentes. Em abril, o percentual foi de 8,2%, ante 8,3% em março e 6,9% em abril de 2015.
“Os indicadores de inadimplência pioraram com relação ao ano passado, em função das taxas de juros mais elevadas e do cenário menos favorável no mercado de trabalho”, afirma Marianne.
O cartão de crédito segue sendo o principal vilão, sendo responsável por 77,9% das dívidas dos brasileiros, seguido dos carnês, com 15,4%. O financiamento do carro ocupa o terceiro lugar na lista, com 11,9%.