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Café sustentável: a jornada da Nestlé na produção consciente

Café sustentável: a jornada da Nestlé na produção consciente

Do grão à xícara, descubra como a Nestlé lidera a inovação sustentável na produção de café, com cápsulas compostáveis e tecnologias eco-friendly, rumo a um futuro verde e consciente

Essas iniciativas não apenas demonstram um compromisso com a preservação do meio ambiente, mas também refletem um movimento crucial em direção a uma produção mais consciente e responsável. Neste contexto, exploraremos de forma mais detalhada essas práticas sustentáveis adotadas pela Nestlé em direção a um futuro mais verde e consciente.

Buscamos entender melhor essas iniciativas, acompanhamos desde a produção das cápsulas Dolce Gusto, até o destino dos resíduos. Para isso, fomos em locais específicos que fazem parte dos processos da Nestlé, como a fábrica em Montes Claros (MG), a primeira unidade da marca no mundo a ter impacto ambiental neutro em três dimensões. Lá está o processo inicial: a produção das cápsulas.

Uma visita à fábrica de café da Nestlé

A fábrica da Nestlé em Montes Claros une a produção de dois grandes cases da marca: o leite condensado Moça – que já estava no local desde 1993 – e das cápsulas de café Dolce Gusto, que começaram em 2015. O complexo une a tecnologia para garantir que todos os seus processos aconteçam de forma sustentável, e isso abrange as várias etapas de fabricação de seus produtos. Além disso, existe uma sinergia entre a produção dos dois produtos da Nestlé.

Ao todo, são 16 toneladas de leite Moça fabricadas por hora dentro da fábrica da Nestlé. A cada hora são utilizados seis mil litros de água, que posteriormente passam pelo tratamento que possibilita a reutilização para a produção da linha Dolce Gusto. Além disso, diariamente são utilizados 650 mil litros de leite para a produção de 18 mil unidades de leite condensado por hora.

Para começar, toda água utilizada na fabricação das cápsulas de café Dolce Gusto vem do reaproveitamento, ou seja, zero consumo da natureza. Isso é possível porque a água utilizada na fabricação do leite moça é tratada e destinada à produção da outra marca existente na fábrica vizinha. Essa iniciativa faz parte do que a empresa chama de tríplice zero: zero consumo de água potável externa; zero emissão de carbono; e zero resíduos.

Enquanto os resíduos são encaminhados para empresas que irão tratar o material, outra iniciativa da fábrica é reduzir a emissão de dióxido de carbono (CO2). Isso garantiu a certificação pela destinação de 100% dos resíduos aos processos terceirizados de reciclagem, reaproveitamento e compostagem, sem qualquer resíduo enviado a aterros. Em resumo, 65% de todo lixo gerado é reciclado; 30% passa pelo co-processamento, gerando combustível para outros processos; e 5% dos resíduos provenientes da limpeza do café, a exemplo da borra, seguem para compostagem. Em 2022, em um caminho sustentável, a fábrica da Nestlé em Montes Claros foi a primeira do mundo a desenvolver a tecnologia com cápsulas de café feitas com papel compostável.

“Apesar de termos uma alta tecnologia em sermos parte da indústria 4.0, ainda temos um pouco de emissão de CO2. Mesmo baixa, neutralizamos a emissão com compra de crédito de carbono, junto com a organização ‘Amigos do Clima’. Ou seja, é zero emissão de gás carbônico e zero consumo de água”, explicou Fabiano Marins, diretor de fábrica na Nestlé.

Produto no BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), o Crédito de Carbono é uma moeda usada no mercado de carbono para regularizar as emissões de gases. Por meio dele, as empresas compensam suas emissões ao viabilizar projetos que reduzem os impactos do CO2 na natureza. No caso da Nestlé, o dinheiro da compra de crédito de carbono é investido no Pará, para apoiar o reflorestamento da Amazônia.

“Estamos aqui e temos uma razão de ser. Basicamente é prover experiências únicas aos nossos consumidores através da cultura de café, através da tradição de leite condensado, mas ao mesmo tempo sempre abraçando a sustentabilidade. Somos pioneiros e referência em sustentabilidade no mercado. É a primeira fábrica do mundo da Nestlé a ter esse certificado de três zeros; a primeira no mundo a fabricar cápsula de papel. Ao mesmo tempo, investimento em tecnologias inovadoras”, completa o diretor de fábrica.

A evolução na produção de café da Nestlé, em um caminho sustentável

Em 2016, no início da fábrica, havia apenas duas linhas de produção dentro da fábrica de Montes Claros, os solúveis e cafés. Hoje, são seis. Ao longo do tempo, o aumento no número de produção também expandiu a quantidade de produtos de 20 para 130. Em 2023, a cada 45 dias, um novo lançamento aconteceu. Além disso, foi iniciado um projeto, que está em fase final de implementação, que irá reduzir a produção de 315 toneladas de plástico dentro de 12 meses. 30% do volume da fábrica de Montes Claros é exportado para mais de 10 países da chamada Zona América. Entre os produtos, as cápsulas Dolce Gusto.

Do mesmo tipo de café, é possível explorar diferentes características. Vale lembrar que o café produzido na fábrica de Montes Claros é 100% brasileiro, tendo como origem Rondônia (4%), Minas Gerais (54%), Espírito Santo (22%), Bahia (7%), São Paulo (10%) e Paraná (2%). O café é rastreado desde as fazendas de produção, e na fábrica são produzidos cinco tipos, sendo dois orgânicos. Já quanto aos blends, há 14 variações. Ao aumentar o mix de produção, cresce também as opções para que sejam produzidos mais cafés. Além disso, a cada sete minutos há uma torra de 155 quilos de grãos.

Porém, antes de iniciar a produção, é analisada a qualidade do grão, e a base de tudo é o recepcionamento do café. São necessários cuidados especiais para garantir que chegue ao consumidor com qualidade. Dentro disso, são checadas também as possibilidades do café. Na fábrica, há uma extensa roda de aromas, e através dela é possível identificar quais sabores podem ser explorados. A liberação é feita de acordo com a qualidade do grão, e são vistas questões como a umidade, grão e até como ele será percebido sensorialmente pelo paladar. Depois, segue para a produção.

Questões como clima e armazenamento são levadas em consideração ao analisar a qualidade do café. Se é percebido algum defeito após a análise, é reportado ao fornecedor. Porém, é uma situação que raramente acontece. Vale lembrar que os grãos são analisados tanto em seu formato, quanto no sensorial. Se a qualidade está de acordo com o exigido pela fábrica, o grão segue para a produção do café. A ideia é garantir que o produto chegue com o melhor sabor ao consumidor.

O segredo por trás da qualidade do café

Dentro da fábrica de Dolce Gusto, são 10 linhas de produção. O primeiro passo é o abastecimento das cápsulas, através de um robô colaborativo, que segue para um elevador, onde são abastecidos 10 dutos de alimentação da máquina. Nesse maquinário, será destacada cada uma das cápsulas para serem depositadas no prato de transporte. Depois disso, o próximo passo é a adição da pirâmide no fundo da cápsula.

Na próxima estação, acontece a selagem do alumínio rente à pirâmide do fundo da cápsula. Ao ser selado, é dosado o produto para ser colocado dentro da cápsula, seja o pó de café, leite em pó ou chocolate. Em seguida, é feita a pesagem para garantir que o produto seja enviado para distribuição com a pesagem ideal. Mas, antes de sair da fábrica, há ainda as últimas etapas: a limpeza da borda da cápsula e a selagem superior.

As duas últimas fases garantem que não seja trocado oxigênio com o ambiente, ter uma oxidação do produto e provocar uma diferença sensorial durante a vida do produto. Ao final, as cápsulas são enviadas para um sistema de visão, onde são tiradas fotos para garantir a qualidade tanto da selagem, como da posição da pirâmide dentro da embalagem. O próximo passo é enviar à distribuição, para que chegue ao consumidor.

Após consumido o café, o que acontece com as cápsulas?

Compostas por polipropileno (plástico) e alumínio, as cápsulas possuem materiais que podem causar danos significativos ao meio ambiente quando descartados de maneira inadequada. Para evitar que isso aconteça, a Nestlé criou um processo que, no último ano, reciclou 7 milhões de cápsulas. Além disso, toda borra que chega ao centro de reciclagem é direcionada, posteriormente, para a compostagem.

O primeiro passo do processo é separar as cápsulas que chegam à Conceito Ambiental, empresa que faz o tratamento desses resíduos. Após a triagem, que acontece de forma manual, essas cápsulas são colocadas dentro de sacola, onde serão secas. Vale lembrar que o processo não utiliza água.

A próxima etapa é a separação do plástico, alumínio e material orgânico. Essa descaracterização é feita por máquina, enquanto o que é orgânico vai para uma caçamba, os pedaços plásticos e alumínios são direcionados às sacolas de armazenamento. Posteriormente, esse material será triturado. Quanto à borra, é doada para um projeto que a utiliza como adubo. Já os plásticos vão para fornecedores que os transformam em matéria-prima para novos produtos. Enquanto isso, o alumínio é encaminhado para siderúrgicas, e são reaproveitados para a fabricação de novos itens, como materiais para peças de carro e até mesmo tubos para encanamentos de fios.

Atualmente, a Nestlé conta com a parceria de cerca de 110 cooperativas engajadas na causa. O compromisso da companhia é com a reciclagem. Além disso, o consumidor também pode fazer parte desse processo ao dar o destino ideal para as cápsulas que utiliza ao entregar nos pontos de coleta, que são mais 322 em todo o país.

Loja conceito em São Paulo e cápsulas de papel compostável

Em dezembro de 2022, a Nescafé Dolce Gusto NEO inaugurou a primeira loja conceito no país, em São Paulo. Localizada na Praça Alexandre de Gusmão, a poucos metros da Avenida Paulista, o projeto de tecnologia construtiva foi idealizado pelo arquiteto Guto Requena com geração mínima de resíduos. Na América Latina, a loja traz ineditismo na arquitetura pré-moldada com impressão 3D em biomateriais.

Com design inspirado na flor de café, a loja tem projeto inovador, usando encaixes de madeira. As peças naturais, impressas totalmente em 3D, são biodegradáveis e, no futuro, ao serem desmontadas, serão reaproveitadas, recicladas ou compostadas, traduzindo em sua totalidade a essência de NEO.

Do lado de dentro da flagship, a comunicação visual é apresentada como uma narrativa circular que se baseia na própria estrutura da loja. A ideia é que os visitantes descubram os diferenciais da marca na medida em que percorrem o espaço, conheçam de perto a máquina de NEO, as novas cápsulas feitas com papel compostável e degustem os dez diferentes cafés. Em painéis luminosos, há informações detalhadas sobre as características dos três tipos de preparo realizados pela nova máquina, também sobre o projeto arquitetônico e outros atributos de sustentabilidade.

O espaço ainda é focado em promover o consumo e descarte consciente das cápsulas de NEO. A flagship tem uma composteira elétrica, onde são descartadas as cápsulas consumidas ali, a fim de inspirar e instruir os visitantes sobre a prática que pode ser feita em casa.

“Escolhemos como Nestlé, e como companhia, fazer esse lançamento primeiro no Brasil. É o primeiro lançamento Global da Nestlé que acontece fora da Europa. Temos bastante orgulho de fazer isso, de uma forma que honre café premium produzido no Brasil, para os brasileiros. Conseguimos uma linha para produzir NEO especificamente, ou seja, as cápsulas feitas com papel e conceito de triplo zero aqui”, pontua Augusto Drumond, gerente de Marketing do Consumidor na Nestlé.



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