Os desdobramentos da pandemia de Covid-19, bem como as medidas de isolamento social e as consequências econômicas da crise, têm feito o consumidor adotar hábitos mais conscientes, seja para fortalecer a economia local ou para economizar recursos. É o que mostra o EY Future Consumer Index, estudo desenvolvido pela EY-Parthenon que consultou 1.003 brasileiros brasileiros entre os meses de junho e julho deste ano.
Segundo o levantamento, 33% dos entrevistados afirmaram que, desde o início das medidas de isolamento, têm comprado de outras marcas para apoiar as empresas e economias locais. Desde montante, 32% revelaram que mudaram as marcas para reduzir custos e outros 32% optaram por fazer compras on-line de produtos alimentares com mais frequência — o que não era tão comum antes da pandemia.
Perspectivas otimistas
As consequências da crise sanitária trouxeram impacto negativo sobre a renda dos brasileiros: 62% relataram perdas de rendimento durante o período iniciado em março de 2020. No entanto, o estudo mostra que as perspectivas para daqui um ano são otimistas.
Para 72% dos participantes da pesquisa, suas finanças pessoais estarão melhores em 12 meses; 20% acreditam em estabilidade; e apenas 8% projetam piora da situação. Quando perguntados sobre emprego, 66% apostam em melhora em 12 meses, enquanto 26% acham que tudo ficará como está e 9%, que a situação deve piorar. Já em relação à condição econômica do País, 46% se mostram otimistas; 39% creem em estabilidade; e 15% apostam em um cenário pior do que o atual.
Mudança de hábitos
A adoção de novos cuidados sanitários e a possibilidade de trabalhar em um modelo remoto tem transformado os hábitos dos consumidores. Entre os entrevistados, 71% afirmaram que estão tomando mais cuidados com limpeza e higiene pessoal; 69% passaram a cozinhar mais refeições; 62% visitavam menos as lojas físicas; 60% decidiram gastar menos com itens não essenciais, como produtos de moda ou cosméticos; e 59% disseram cuidar melhor de suas casas.
Pouco mais da metade dos entrevistados (54%) afirma ter decidido comprar apenas o essencial, demonstrando preocupações com a eventual instabilidade econômica do momento, enquanto 52% das pessoas disseram ter reduzido a frequência de suas compras, enquanto 39% ampliaram as compras de itens variados através do comércio eletrônico.
Prioridade pela segurança
Em meio à reabertura das atividades econômicas na grande maioria das cidades brasileiras, o cuidado ainda é medida prioritária. A saída mais aceitável entre os entrevistados é a ida ao mercado: 70% das pessoas se dizendo confortáveis ou indiferentes em realizar esse tipo de tarefa. Em seguida, vêm os itens “ir para o local de trabalho” (57%) e “andar em público” (56%).
A atividade de maior receio é viajar em transporte público: 83% dos entrevistados se disseram desconfortáveis em realizar, 9%, indiferentes e apenas 8%, confortáveis.
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