O número de novas empresas registrado no primeiro trimestre deste ano registrou novo recorde, segundo mostrou estudo divulgado hoje (30) pela Serasa Experian. Ao todo, o País ganhou 516.201 novos negócios – o maior número para o período desde 2010. Em relação ao mesmo período do ano passado, houve aumento de 7,5%.
Considerando apenas março, foram abertas 184.560 novas empresas – um recuo de 0,2%. Segundo os economistas da instituição, o aumento das novas empresas foi influenciado pelo crescimento dos empreendedores individuais. No período, o número de MEIs totalizou 413.555, um crescimento de 14% sobre o mesmo período de 2015.
“Este movimento tem sido determinado, principalmente, pela perda de postos formais no mercado de trabalho por causa da recessão econômica, impulsionando trabalhadores desempregados a buscarem, de forma autônoma e formalizados, alternativas econômicas para a geração de renda”, disse a Serasa.
Segundo o estudo, apenas os MEIs apresentaram crescimento no trimestre. Os negócios das outras naturezas jurídica apresentaram queda: o número de nascimentos em Empresas Individuais caiu 13,8% no período, com 38.553 novas empresas.
As Sociedades Limitadas também registraram recuo, de 16,7%. O nascimento de empresas de outras naturezas teve queda de 2,9% e totalizou 24.099.
Por setor, serviços segue como aquele que apresenta maior crescimento, com a abertura de 324.984 novas empresas, o equivalente a 63% do total de nascimentos. Em seguida, 146.830 empresas comerciais (28,4% do total) surgiram nos três primeiros meses do ano e, no setor industrial, foram abertas 43.163 empresas (8,4% do total).
Tendo em vista esses números, a participação do comércio segue em queda livre: de 35%, em março de 2010, para 28,4%, em março deste ano. Já a participação das novas empresas industriais se mantém estável. Já a participação de serviços passou de 53,5%, em março de 2010, para 63%, em março de 2016.