Há muito mais robôs do que você imagina por aí. Quando começaram os boatos referentes à inserção de “humanos eletrônicos” na sociedade, a imaginação das pessoas criou uma realidade em que robôs limpariam a casa, como no futuro elaborado pelo desenho animado Jetsons. Mas a criatividade tecnológica foi muito além: na verdade, grande parte dos robôs é invisível e atua por trás da tela do seu computador, ou do seu celular.
A prova disso está em um levantamento inédito realizado pela Mobile Time, focado em traçar o mapa do ecossistema brasileiro de bots. A pesquisa identificou que há 56 empresas que desenvolvem robôs de conversação no País e, até hoje, elas produziram aproximadamente 8 mil bots que são responsáveis por cerca de 500 milhões de mensagens por mês. Os robôs atuam em diversos canais: Facebook Messenger, sites na web, apps móveis, Twitter, Telegram, entre outros.
Confira a edição online da revista Consumidor Moderno!
De acordo com o estudo, 45% dos desenvolvedores de bots no Brasil são de pequeno porte e possuem no máximo dez robôs publicados. Para a Mobile Time, isso demonstra que essa é uma indústria nascente no mundo todo.
Contudo, 39% das empresas que criam bots são de porte médio e já possuem entre 11 e 100 robôs construídos. Há, porém, quatro empresas – ou 7% da base – que podem ser consideradas grandes, com centenas de bots lançados; e duas gigantes, com milhares de bots desenvolvidos.
A maioria dessas empresas se concentra no estado de São Paulo: 71%. O Rio Grande do Sul aparece em segundo lugar, com 13% das empresas. Duas empresas estrangeiras que criam bots em português para marcas brasileiras também foram computadas.
Principais canais utilizados
O principal canal onde os bots são utilizados é o Facebook Messenger – 46% são direcionados para essa canal. Depois dele, estão os sites na web (25%). De acordo com os desenvolvedores, 32% das ferramentas foram criadas internamente. Porém, 30% apontam a IBM como sua principal fornecedora de ferramentas para bots, seguida por Facebook (13%), Google (7%) e Microsoft (5%).
O estudo
Os dados foram coletados por meio de um questionário online em outubro e consolidados junto com informações de matérias publicadas em Mobile Time ao longo de 2017.