A inteligência artificial já invadiu diversos setores de produção e consumo no mundo e, a partir de junho, entra também para as perfumarias brasileiras. Isso porque o Boticário planeja lançar duas novas fragrâncias produzidas pela Philyra, uma inteligência artificial.
A tecnologia, desenvolvida pela IBM em parceria com a casa de composições alemã Symrise, criou dois perfumes com aromas inusitados, com notas de leite condensando, pepino e lichia. O nome Philyra é em homenagem à deusa grega do perfume. A iniciativa da marca é uma tentativa de alcançar o público da geração Y e millennials.
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Com uma base de dados de 1,7 milhão de fórmulas, além de informações como o número de vendas dividido por países e faixas etárias, a ferramenta é capaz de gerar misturas adaptadas às demandas do cliente. Segundo a empresa, como o Phylira chega fim a limitação de combinações. Desta forma, ingredientes que às vezes passam despercebidos por um perfumista por serem incomuns podem ser protagonistas.
Facilidade
Após alguns ajustes manuais, os perfumes reduziram o processo de desenvolvimento de três a quatro anos a apenas um, eliminando etapas de testes de consumidor.
De acordo com o gerente de Pesquisa e Desenvolvimento do Grupo Boticário, Tiago Martinello, a economia de tempo auxiliou a lapidação do produto final.
“Essa economia de tempo permite que os perfumistas, o time de marketing e de pesquisa e desenvolvimento se dediquem muito mais às combinações finais, concluindo a fragrância que chegará para o consumidor. Ao otimizarmos o processo, teremos profissionais mais disponíveis para fazer o que máquina não faz”, comenta.
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