A Black Friday sempre foi uma das datas comemorativas mais importantes para o varejo, momento em que as vendas aumentam muito. Em 2020, ano marcado pela pandemia do novo coronavírus, a data acontece em meio à uma lenta retomada econômica e representa uma grande oportunidade para o comércio.
Assim como em 2019, quando, de acordo com a Ebit|Nielsen, o varejo online faturou R$ 3,2 bilhões, registrando aumento de 23,6% da receita em relação ao ano anterior, este ano deve ser marcado por recordes. Com o isolamento social, o e-commerce ganhou 7,3 milhões de novos clientes e registrou aumento de 39% nos pedidos. O cenário indica que, para o online, a edição de 2020 será histórica.
Mas, para que os resultados sejam satisfatórios, as empresas, além de estarem preparadas para as demandas digitais, precisam entender o mercado e o desejo dos consumidores. Uma pesquisa realizada pelo Pelando, plataforma que disponibiliza cupons para compras na internet e classifica as melhores ofertas, mostrou o que o brasileiro pretende comprar nesta Black Friday e o ticket médio.
Na mira do consumidor
Para chegar ao resultado, a pesquisa do Pelando ouviu mais de 3 mil consumidores de todo o Brasil. Os eletrônicos lideram a lista de desejos de 30% deles, sendo que muitos estão dispostos a investir mais e comprar dois produtos. Entre eles, itens de informática como notebook, placa mãe e monitor são os mais visados. Os smartphones também aparecem entre os principais interesses, com liderança da linha Galaxy da Samsung (41%), seguida por iPhone (39%) e Xiaomi (20%).
O interesse pelos eletrônicos mostra como o consumidor tem se tornado cada vez mais digital. Outra influência da pandemia é a prioridade para itens de casa, já que as pessoas estão passando mais tempo em seus lares – 10% pretendem investir em eletrodomésticos.
Produtos de beleza, brinquedos, jogos, artigos esportivos e livros aparecem apenas com 2% da intenção de compra. Em seguida estão os itens de moda e acessórios e calçados, com 1% cada.
Investimento planejado
Boa parte das compras da Black Friday 2020 não será por impulso. De acordo com a pesquisa, os consumidores estão se planejando: 78% deles já sabem o que vão comprar e monitoram constantemente os preços dos produtos em gigantes do e-commerce, como Magazine Luiza, Lojas Americanas e Amazon.
O investimento deve ser mais alto entre os consumidores com 17 a 34 anos com renda de 1 a 3 salários mínimos, os mais assíduos da Black Friday. Atenção especial para os jovens, que pretendem investir quatro vezes mais do que a média brasileira nesta edição: o ticket médio dos homens é de R$ 1.757 e o das mulheres de R$ 1.475.
Cada vez mais exigente, os consumidores devem escolher o local de compra de acordo com avaliações sobre a loja e condições de compra. Caso o frete seja considerado abusivo, por exemplo, a maioria diz desistir da compra. Diferentes condições de pagamento também são consideradas importantes. Lojas que oferecerem cupons de desconto ou cashback têm mais chance de atrair clientes.
Preferências
- 30% pretendem comprar itens eletrônicos (notebook, placa mãe e monitor são os mais visados);
- 41% devem comprar smartphones da linha Galaxy da Samsung (41%);
- 39% querem adquirir um iPhone (39%)
- 20% têm objetivo de comprar um smartphone da marca Xiaomi
- 10% pretendem investir em eletrodomésticos
- 2% têm a intenção de adquirir produtos de beleza, brinquedos, jogos, artigos esportivos e livros
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