Você pode perguntar: afinal, o que explica o impacto do bitcoin no mercado financeiro? Um debate realizado pelo PNBE – Pensamento Nacional das Bases Empresariais destacou o fato de que várias pessoas estão hoje comprando e investindo em bitcoin, muitas inclusive sem entender o que é, conforme destacou o empresário Neissan Monadjem, criador da primeira criptomoeda híbrida do mundo chamada HutCash e professor do Seneca College, em Toronto (Canadá).
Sendo uma criptomoeda, o bitcoin é uma forma de dinheiro digital o qual se usa técnicas de criptografia para controlar a criação de unidades monetárias e verificar a transferência de fundos. Isso é possível através da tecnologia blockchain, que é um sistema de armazenamento de dados cuja tecnologia possibilita a existência e operação das criptomoedas.
Graças a esse desenvolvimento, muitas pessoas agora podem fazer a adoção de pagamentos sem intermediação, uma modalidade bem diferente da prática bancária tradicional. Trata-se de uma rede descentralizada, onde as operações podem ser feitas de forma anônima, rápida e com menor custo.
Quebra de paradigmas
O bitcoin é o mais famoso sistema que usa blockchain para pagamentos de pessoa para pessoa sem envolver uma autoridade central, nem a identidade do indivíduo. “O dinheiro é assim, você usa ele todo dia, mas se alguém falar: defina o dinheiro, é um grande desafio, basicamente porque a forma do dinheiro evolui”, destacou Monadjem.
O surgimento de fintechs ao redor do mundo viabiliza esse mercado no qual muitas pessoas consideram essa oportunidade de investir. “As criptomoedas provocam impacto gigantesco por causa da especulação”, disse o empresário. Todavia, segundo Monadjem, o número de interessados que deseja comprar bitcoin é maior do que o número que está querendo vender.
Outro fator que ganha destaque quanto ao bitcoin é a segurança. “Tem um montão de hacker tentando provar que é o melhor hacker do planeta e quebrar o bitcoin e não consegue”, ressaltou.
Tudo isso está em curso e faz parte de uma inovação que quebra paradigmas. “Não importa a representação da moeda, importa a função. As moedas têm que satisfazer essas três funções: meio de troca, reserva de valor e unidade monetária, ela tem o caráter distintivo de guardar valor”.
Ele aconselha a qualquer pessoa que deseja investir em bitcoin considerar três fatores: jamais investir um valor que vai fazer falta, procurar uma empresa que intermedie com auditabilidade e perguntar se as chaves privadas das carteiras digitais estão em um local seguro.
+ Notícias
Por que até empresas estão investindo em criptomoedas?
Os prós e contras do blockchain nos setores financeiro e contábil