O mundo dos e-sports está conquistando pessoas mundo afora e conectando a economia de forma virtual e física. Não é à toa que toda a discussão sobre o metaverso está tão em alta: impulsionada pela tecnologia atual, uma nova realidade se apresenta em um futuro próximo — e já se sabe que ela tem início nos games. É compreensível o interesse, que não é apenas motivado pela tecnologia, mas também pela própria economia envolvida, que deve movimentar alguns bilhões em breve.
No Brasil, os sinais do metaverso já têm se apresentado em ações por parte das empresas, especificamente voltadas aos games. Nesse momento, investir em campeonatos de e-sports ou campanhas dentro desse mercado parece, portanto, mais do que certeiro: a comunidade fã dos games aumenta dia após dia, o que movimenta uma economia específica e atrai um público consideravelmente grande. Uma das recentes empresas que apostou forte nesse meio foi, inclusive, o Banco do Brasil (BB).
Com um histórico de investimento no setor, em outubro, a instituição financeira promoveu uma nova etapa: lançou o Game Box, uma carreta física que percorrerá várias cidades brasileiras para promover uma experiência dentro dos jogos eletrônicos. O diferencial é, exatamente, a experiência phygital promovida: a carreta conta com computadores, consoles, sala de streaming, entre outras atrações para tornar os jogos de alta performance acessíveis a todos.
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O BB, os games e um mercado super promissor
Equipada com estrutura de transmissão ao vivo, produção de eventos, palcos, telões externos e um rooftops exclusivo, o BB investiu forte no mundo dos jogos. Para além da experiência, o banco também distribuirá prêmios para os campeonatos de e-sports, especialmente com jogos famosos, como o League of Legends (LOL).
A Game Box circulou por várias cidades brasileiras (ação aconteceu no final de 2021). Essa atração, que promoveu ações internas e virtuais — por meio dos próprios games ou por agitação em lives, especialmente na Twitch, plataforma voltada para transmissão ao vivo de jogos —, também faz parte de uma ação do próprio BB para trazer opções ao público gamer, com inúmeras opções fora da campanha.
Desde 2018, o banco atua dentro da comunidade com opções para os jogadores, bem como promoção de eventos e campeonatos que incentivem a prática. Em 2021, com o boom do setor, motivado pela pandemia, o BB até reativou o canal da Twitch para promover mais conteúdo dentro do segmento.
Antenado às novidades, o banco também tem sido patrocinador de outros campeonatos do mercado gamer. O mais recente — que está integrado à campanha da Game Box —, são os Jogos Universitários Brasileiros (JUBs), um campeonato de jogos eletrônicos para pessoas que estudam no ensino superior.
Banco do Brasil, e-sports, jogos e o metaverso. Qual a relação?
Mas o que essa promoção de itens do universo gamer tem a ver com o metaverso e porque investir em uma experiência phygital, nesse caso, é um investimento assertivo para contribuir para essa nova realidade?
Promover um ambiente no qual os jogadores se encontram tanto física quanto digitalmente é um dos processos que os especialistas preveem para a criação do metaverso; em linhas gerais, uma aproximação. Isso porque, por essência, o metaverso consiste em um espaço virtual compartilhado, constituído por uma soma de tecnologias, entre eles a realidade virtual, a realidade virtual aumentada e a internet.
Ao promover um ambiente virtual e físico ao mesmo tempo, essa convergência do digital ao físico de forma tão intrínseca se torna mais real. E dado que a maior parte dos eventos relacionados ao metaverso estão nos jogos, esse pode ser um interessante jeito de começar a atingi-lo.
Vale destacar que, embora o metaverso ainda não seja uma realidade sólida e consistente, ele está, sem sombra de dúvidas, a caminho. Em 2021, o Facebook anunciou que tem a meta de se tornar uma “empresa metaverso” em até cinco anos. E o próprio Mark Zuckerberg deu indícios de que pretende construir essa nova realidade — que, claro, tem um potencial financeiro imenso.
E com a tecnologia promovida pelo avanço digital da pandemia, assim como seu barateamento durante os últimos anos, o metaverso está quase, digamos assim, palpável. E deve ser um dos caminhos do CX do futuro, que atinja verdadeiramente o consumidor que agora é phygital.
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