Apesar dos doloridos impactos da pandemia de COVID-19, houve no Brasil uma mudança positiva nos últimos meses: o aumento no número de bancarizados no Brasil. De acordo com dados do Banco Central, em setembro de 2020 havia 175 milhões de pessoas com relacionamento bancário ativo no País. Em janeiro do mesmo ano, antes da chegada do novo coronavírus, o número era de 165 milhões. E essa foi apenas uma das grandes mudanças ocorridas nos serviços financeiros nos últimos anos.
Ainda que tenha sido motivado pela adesão ao auxílio emergencial, o aumento da bancarização está em conformidade com o comportamento do brasileiro que, em geral, adota recursos bancários com facilidade. Uma prova disso é o pagamento por aproximação que, segundo a Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs), cresce consideravelmente ao longo de 2020. Prova disso é que, em janeiro daquele ano, ocorreram 22,6 milhões de transações nessa modalidade. Em dezembro, foram 114 milhões.
Mais do que simples números, esses dados representam oportunidades: a oferta de serviços financeiros extrapola os limites das instituições bancárias – e os cartões Private Label, há muito tempo já adotado por varejistas, são a prova disso. Mas até onde pode ir esse mercado?
Daniel Moretto, Diretor Executivo Comercial da CSU, explica a relevância do Banking as a Service (BaaS), tecnologia que é especialidade de uma das unidades da companhia, a Blue C Technology. Junto com as outras três divisões do grupo – CardSystem, MarketSystem e CSU.Contact –, ela forma um modelo de negócio que oferece ao mercado soluções completas para uma oferta segura de serviços financeiros, para organizações dos mais variados segmentos.
Todos podem ser bancos?
O modelo de negócio da Blue C Technology só é viável devido a uma mudança regulatória ocorrida há quase dez anos, que permitiu a existência das chamadas Instituições de Pagamento (IPs), que não são bancos mas realizam atividades de pagamento. Isso deu oportunidade para varejistas que não tinham como atuar como bancos, por exemplo. “Contudo, a maioria das empresas não têm condições de atuar nem como bancos, nem como fintechs”, explica Moretto. “O mercado sabe que é uma responsabilidade muito grande, apesar de ser uma oportunidade”.
Assim, surge o modelo de BaaS, que desenvolve, para a empresa parceira, os serviços bancários que estiverem de acordo com o modelo de negócio e com as demandas do cliente final. “Acredito que, da mesma forma como hoje os consumidores têm diferentes cartões de crédito, no futuro terão bancos digitais, por alguma necessidade”, sustenta o diretor-executivo da CSU. “Iniciativas como Pix e Open Banking vão ajudar nesse sentido.
Ecossistema
A Blue C Technology é a mais nova das quatro unidades de negócio da CSU, que já atua no setor há três décadas e não deixa de acompanhar as revoluções do mercado. “Nosso ecossistema é muito completo, temos um modelo full service de meios de pagamento”, explica o diretor Comercial da CSU. Ele detalha a atuação da CSU.Contact, que opera a partir de soluções de relacionamento, indo desde o back office até cobrança. A CardSystem, por sua vez, oferece serviços que envolvem todo o ciclo operacional de cartões de crédito, múltiplos, pré-pagos, consignado e também com soluções de processamento para o PIX, prestando serviços tanto para emissores – que vão desde varejistas até os próprios bancos – quanto para adquirentes.
Como afirma Moretto, os serviços em questão ajudam a expandir determinados negócios, ao mesmo tempo em que aprimoram a experiência do cliente, pois são desenhados de forma personalizada para a necessidade da empresa e do seu respectivo cliente final – e vão desde contas digitais a cartões de crédito, por exemplo.
A preferência por meio de serviços financeiros
Indo além das áreas de atuação das unidades Blue C Technology, CSU.Contact e CardSystem, a empresa trabalha também com outro modelo inovador. A MarketSystem fornece serviços e soluções para programas de fidelidade e incentivos, vai muito além de uma simples forma de recompensar um cliente, nosso foco é no engajamento, explica Pedro Campos, diretor executivo na CSU, vai muito além da fidelidade, pois tem como foco o engajamento.
Ele afirma que isso é ponto chave do negócio, saber reconhecer o cliente final, suas necessidades e desejos. “Aqui na CSU ajudamos nossos clientes em todas as fases do processo de criação, pode ser um programa de fidelidade ou incentivo, ou até mesmo a criação de ecossistema completo. Todas as nossas ações são pensadas a partir da experiência do cliente”, conclui.
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