“Quanto mais tecnológico eu fico, mais conectado com a natureza eu procuro ser”, a frase, de Guto Requena, arquiteto e urbanista de 37 anos, diz muito sobre a forma como ele trabalha e vive. Foi ele o responsável pelo desenvolvimento do escritório do Google em São Paulo, entre outros projetos marcantes, como a fachada interativa do Hotel WZ.
Confira a entrevista.
Qual é a sua formação?
Sou arquiteto e urbanista.
Por que escolheu a arquitetura?
Porque sempre me inspirei no modo como as pessoas vivem e usam os espaços, os objetos e a cidade.
Você se tornou uma referência entre as empresas de tecnologia. Como isso se deu?
Sou investigador da área de cibercultura há 15 anos. Por nove anos, fui pesquisador do nomads.usp – Núcleo de Estudos de Habitares Interativos da Universidade de São Paulo. Minha grande obsessão é estudar os impactos da tecnologias digitais e interativas no nosso cotidiano e acho que as empresas de tecnologia gostaram dos nossos experimentos com afetos e tecnologias.
Cite um projeto que admira.
Cadeira Girafa, de Lina bo bardi.
Qual é a sua maior inspiração?
A natureza.
Um livro?
Estou terminando de ler a trilogia 1Q84, do escritor japonês Haruki Murakami.
Um lugar?
Cachoeira.
Uma cidade?
São Paulo, minha favorita.
Um sonho?
Teletransporte.
O que não pode faltar no ambiente de uma startup?
Emoção.
Quais são seus hobbies?
Andar de bicicleta e cozinhar.
O que mais lhe agrada na arquitetura brasileira?
Os projetos da Lina Bo Bardi, meu favorito é o SESC Pompéia.
O que mais o desagrada na arquitetura brasileira?
O peso da arquitetura modernista brasileira que temos que carregar, e os arquitetos que continuam reproduzindo essa arquitetura em pleno 2017.