Quem está na tela inicial do smartphone dos brasileiros? Whatsapp, Instagram, Facebook e Youtube lideram a lista, identificada em pesquisa Mobile Time/Opinion Box sobre o uso de apps no Brasil. Mais do que um levantamento sobre quais aplicativos os brasileiros têm instalados em seus smartphones, a pesquisa apresenta um panorama de como os apps são usados.
O Instagram ocupa pela primeira vez a liderança no ranking de apps em que o brasileiro passa mais tempo. Instalado em 92% dos telefones no país, o app foi citado por 35% dos entrevistados. A preferência está concentrada em mulheres e no público jovem – uma mescla de Geração Z e Millenials, entre 18 e 29 anos – parcela que passa mais tempo no Instagram entre todas as opções do telefone.
O ajuste de foco do Instagram na promoção de vídeos através do Reels pode ter contribuído para o aumento da relevância do app, indica a pesquisa. Segundo Fernando Paiva, editor do Mobile Time, o Reels pode ser a explicação para as pessoas estarem passando mais tempo nele. Isso porque ele foi criado “para fazer frente a plataformas de vídeos curtos, como TikTok e Kwai, o Reels têm conseguido manter a base de usuários do Instagram engajada e, pelo visto, mais tempo com o app aberto”, avalia.
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Cada vez mais apps são instalados, mas de graça
Pelo menos um terço dos entrevistados instalaram algum aplicativo no celular nas últimas 24 horas, e outros 5 em cada 10 há entre um dia e até um mês. Apesar dessa alta adesão, o levantamento sugere que os brasileiros não estão muito dispostos a pagar por apps. Apenas 22% confirmaram já ter instalado um aplicativo pago.
Por isso, 42% aceitam utilizar apps gratuitos com publicidade embutida, 28% preferem aplicativos freemium, quando há alguns conteúdos e funcionalidades gratuitos e outros são pagos. Apenas 20% optam por apps pagos, sem publicidade e com a garantia de que dados pessoais não serão comercializados com terceiros, uma preocupação com a privacidade dos dados que somente um em cada 10 entrevistados não tem.
Por outro lado, o brasileiro está disposto a por a mão no bolso e fazer compras dentro dos aplicativos. Praticamente dois terços (63%) já realizaram compras de produtos ou serviços digitais dentro de um aplicativo no seu smartphone, como itens virtuais dentro de jogos, acesso a funcionalidades extras dentro de um app, download de algum conteúdo exclusivo, aponta o levantamento Mobile Time/Opinion Box.
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Os apps mais populares e os mais usados
Entre os apps mais populares na tela inicial, se destaca a queda do Facebook, que caiu uma posição, e agora ocupa o terceiro lugar, atrás de Instagram, presente na home de 46% e do Whatsapp, de 54% dos entrevistados. Entre os 10 aplicativos listados, somente Instagram e Netflix tiveram alta de presença, enquanto os apps do Facebook e da Caixa perderam protagonismo para os usuáriros em comparação com o ano anterior.
“Chama a atenção nesta edição a freada no avanço do Telegram. O app vinha crescendo rapidamente em presença na homescreen, mas agora teve seu avanço interrompido. Na edição de junho deste ano, havia sido destacado por ter chegado à quarta posição neste quesito, mencionado por 13% dos entrevistados à época. Agora, caiu para a quinta posição, presente na tela inicial de 12% dos smartphones nacionais, ultrapassado pelo YouTube”, ressalta Paiva.
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A pesquisa da Mobile Time/Opinion Box comparou a penetração dos apps de plataformas sociais na base brasileira de usuários de smartphones. O Facebook é a segunda plataforma social mais popular em mobile no Brasil, instalado em 85% dos celulares. Sua distribuição é equilibrada por gênero e classe social. O levantamento aponta único dos seis apps analisados que apresenta uma proporção crescente conforme a idade.
O TikTok, embora mais novo, já ocupa a terceira posição em popularidade nos smartphones brasileiros, mas ainda bem atrás de Instagram e Facebook, instalado em 41% dos aparelhos. Sua principal característica é a juventude dos usuários, indica o relatório. Dentre os apps pesquisados é o que tem a maior diferença de uso por faixa etária: está instalado em 48% dos smartphones dos brasileiros com 16 a 29 anos; 40%, na faixa de 30 a 49 anos; e 33%, no grupo com 50 anos ou mais. Também há diferença por classe social: o TikTok está em 42% dos smartphones das classes C, D e E e em 34% nas classes A e B.
Seu rival direto Kwai está 9 pontos percentuais atrás, instalado em 32% dos smartphones brasileiros. A pesquisa aponta uma curiosidade: o Kwai não apresenta uma diferença tão acentuada por faixa etária quanto o TikTok, mas por classe social, sim: está em um terço dos smartphones das classes C, D e E e em 25% nas classes A e B.
Completando a lista está o Twitter, instalado em 37% dos smartphones. Considerado formador de opinião, o app do Twitter chama a atenção por ter um público masculino bem maior que o feminino. O LinkedIn, dentre as plataformas sociais monitoradas no levantamento da Mobile Time/Opinion Box, possui a maior diferença de penetração. Está instalado em 42% dos smartphones das classes A e B, e em um terço das classes C, D e E. Na média, o LinkedIn está presente em 35% dos smartphones nacionais.
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