O presidente Michel Temer sinalizou interesse do Brasil na participação efetiva de capital estrangeiro em fintechs de crédito. Agora, as companhias não precisam de decreto presidencial à parte quando um investidor estrangeiro passar a integrar seu capital social, uma vez autorizadas pelo Banco Central a atuarem no Sistema Financeiro Nacional.
Na prática, a medida deve estimular a chegada de novas empresas e, consequentemente, estimular o cenário de concorrência. A iniciativa integra a Agenda BC+ – que tem o objetivo de revisar medidas estruturais do Banco Central e do Sistema Financeiro Nacional.
Vistas como uma febre mundial no mercado financeiro, as fintechs são conhecidas pelo uso robusto de tecnologia para serviços financeiros, um conceito que vem se consolidando em um mercado onde o consumidor é cada vez mais digital. A atuação mais intensa de companhias dessa natureza deve contribuir para juros mais baixos que os praticados pelas companhias tradicionais do sistema bancário.
O que mudou
Até então, o Brasil somente permitia a participação de capital estrangeiro se fosse considerada de interesse nacional. Neste contexto, as instituições que pretendiam se instalar no País com participação de capital estrangeiro precisam passar por um filtro de autorização do Banco Central, aguardar a manifestação de interesse do governo. A partir de agora, as fintechs já possuem interesse previamente sinalizado.
O decreto vai de encontro à tendência mundial de simplificar o processo de autorização de organizações dessa natureza, de modo que o consumidor final deverá ser beneficiado com um mercado cada vez mais versátil e ávido por inovações em serviços financeiros.
*Com informações do Tiinside