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Agenda 2030: a real responsabilidade das empresas e do Estado

Agenda 2030: a real responsabilidade das empresas e do Estado

O consumo desempenha um papel fundamental na Agenda 2030, pois podem impulsionar práticas sustentáveis e inovadoras.

Consumo desempenha um papel fundamental na Agenda 2030, graças ao impulsionamento de práticas sustentáveis e inovadoras

A Agenda 2030 consiste em um plano de ação mundial adotado pelas Nações Unidas em 2015. O foco desse planejamento é o desenvolvimento sustentável para “pôr o mundo em um caminho sustentável” até 2030 como o próprio nome do guia sugere. Para isso, é necessário erradicar a pobreza e garantir que as pessoas alcancem a prosperidade. Em suma, a Agenda 2030 “não quer deixar ninguém para trás”.

Para esse propósito ser alcançado, são 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e169 metas a serem cumpridos.

No Brasil, são vários os desafios para implementação desse guia. Tanto da parte dos governos, quanto das empresas. Do ponto de vista do poder público, um dos principais obstáculos é a necessidade de alinhar os propósitos da Agenda 2030 com os recursos econômicos existentes.

Assim, para direcionar melhor o assunto, um grupo exclusivo para lidar com o tema foi formado. Em suma, a Comissão Nacional dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (CNODS) foi estabelecida no âmbito da Secretaria-Geral da Presidência da República. Seu propósito é integrar o governo e com a sociedade civil para atingir essas metas, colocando o país na vanguarda dos países comprometidos com o alcance dos ODS.

Uma das inovações nacionais, neste aspecto, foi de adotar voluntariamente um 18º ODS. Esse objetivo tange à promoção da igualdade racial.

Desafios da Agenda 2030 para as empresas

Maria Gabriela Feitosa, representante da sociedade civil na CNODS

Um dos principais desafios hoje é a necessidade de alinhar os objetivos da Agenda 2030 com as políticas nacionais e garantir que os recursos financeiros sejam direcionados para as metas estabelecidas.

Isso requer uma ação coordenada em diferentes esferas governamentais, bem como parcerias efetivas com o setor privado e a sociedade civil.

Quem comenta melhor é a assessora do Instituto Pólis e representante da sociedade civil na CNODS, Maria Gabriela Feitosa: “A celebração da CNODS marca, junto a outras ações do Executivo Nacional, a retomada da discussão da transição de modelo predatório e desigual para o modelo econômico socioambiental sustentável que promova parâmetros de equidade e justiça”.

O grupo funciona então como um elo entre o governo e a sociedade civil, em todos os setores, inclusive no que diz respeito a acordos e agendas globais. “Estamos vivendo um tempo de inúmeras crises. Se pararmos para pensar, não estamos mais sujeitos a crises anunciadas para o futuro. Ao contrário: são instabilidades e emergências do presente. E, com isso, infelizmente, a população negra, idosa, pobre, indígena, bem como as mulheres, crianças, os povos tradicionais, pessoas LGBTQIA+ e as pessoas portadoras de deficiências são as que estão pagando o preço mais alto pelo modelo predatório de desenvolvimento”.

Consumo Consciente e Agenda 2030

Da comida que comemos, a água que bebemos, o transporte que nos locomovemos e à energia que consumimos, fato é que a natureza sustenta a vida na Terra.

Conforme explica o Banco Mundial, mais da metade do Produto Interno Bruto (PIB) de todo o mundo depende dos recursos naturais. Ademais, 70% das pessoas mais pobres dependem exclusivamente na natureza para sobreviver.

“E o cerne do problema é que o poder público tem que agir com a parceria do setor privado, uma vez que a força do poder econômico está justamente nesse segmento”, pontua Maria Gabriela Feitosa.

Em primeiro lugar, tanto os consumidores quanto as empresas têm que entender que todo negócio provoca impactos sociais e ambientais, proporcionando uma influência direta no modo de vida da sociedade. De maneira simples, neste aspecto, os esforços se concentram em atenuar os impactos ao meio ambiente e transformar o impacto social em uma ação positiva, que contribua para a redução de desigualdades sociais, por exemplo.

Carlos Mencaci, CEO da Assine Bem, comenta que a Agenda 2030, não pode ser um modismo, mas uma preocupação sincera das empresas.

Presidente do Núcleo Brasileiro dos Estágios (Nube), Carlos enaltece que as práticas ambientais e sociais não podem ser vistas como uma mera ferramenta de marketing. “Isso, além de frustrar o público, provocará, para a marca, efeito negativo”.

Carlos Mencanci, presidente do Nube

Perspectivas consumidores sobre a Agenda 2030

Cau Stéfani, Research & Insights Manager na Teads

Segundo uma pesquisa da plataforma global de mídia Teads, embora as expectativas dos consumidores em relação à sustentabilidade sejam elevadas, muitos não reconhecem os esforços das empresas nesse sentido. Isso evidencia duas situações as quais se tornam um desafio para os negócios: não terem efetivos compromissos com a causa ou serem fiéis ao propósito mas comunicam de maneira inadequada. 

“Dos entrevistados, 47% escolheriam comprar de marcas preocupadas com a natureza. Ao passo que 46% estariam dispostos a trocar de corporação caso descobrisse um descaso sobre o assunto”, afirma Cau Stéfani, Research & Insights Manager na Teads.

“Os estabelecimentos podem modificar efetivamente essa realidade inserindo iniciativas de forma mais abrangente. É preciso, antes de tudo, mudar a mentalidade e entender como esse tipo de alteração no pensamento é benéfico para todas as partes envolvidas, criando um cenário mais próspero por um longo prazo de tempo” afirma o executivo.

Pequenas ações

De acordo com um estudo realizado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), o Brasil desperdiça cerca de 200 milhões de folhas de papel por ano. Isso equivale a quase 20 mil árvores e um custo aproximado de R$ 4 milhões. “Esse problema ocorre em diversos setores da economia, sendo acentuado no setor público. Todavia, as companhias também são responsáveis por uma parcela significativa, principalmente em áreas como o comércio e serviços”, explica o especialista.

Dentre as maiores causas da quantidade de papel, ele destaca que documentos são, diversas vezes, impressos sem necessidade. “Isso pode ocorrer por falta de conscientização ou de controle sobre os processos”, esclarece Mencaci.

Ações sustentáveis chamam a atenção do consumidor

Logo, a adoção de táticas associadas com o bem-estar do ecossistema pode começar com pequenas atitudes cotidianas, principalmente no meio laboral. A rubrica digital é uma opção mais econômica, tanto de insumos como de tempo, além de eficiente, segura e ágil.

Não é novidade como o atual público em ascensão no mercado é exigente sobre demandas, tarefas e produtos, valorizando o ambiente. As gerações Z e Alpha tem determinadas expectativas e estão particularmente atentas à relação entre consumo consciente.

“As instituições têm, aqui, a oportunidade de entrar na corrente de inovação, liderando rumo à renovação e implementando suas atividades de maneira transparente. Ademais, é a chance de servir como um exemplo a ser seguido, alinhando decisões internas a resultados externos de qualidade. Os proveitos disso vão além dos usuários, clientes, parceiros e fornecedores, englobando todo o planeta”, finaliza o presidente. 

O tema “Responsabilidade das empresas e do Estado perante a Agenda 2030” será abordado no evento “A Era do Diálogo, que unirá mentes brilhantes e explorará caminhos inéditos, construindo uma nova era de resolução em prol do consumidor.
Em sua 12ª edição, a temática central do seminário será “Para onde vai a defesa do consumidor?”.

Para saber mais, acesse: A era do dialogo

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