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Regras para uso de IA mudam futuro próximo de Hollywood

Regras para uso de IA mudam futuro próximo de Hollywood

Produtoras estão proibidas de utilizar IA na geração de material literário, mas a tecnologia pode contribuir com a indústria de outras formas

A Writers Guild of America, sindicato dos escritores e roteiristas dos Estados Unidos, chegou a um acordo com a Aliança dos Produtores de Filmes e Televisão (AMPTP), iniciando o processo de finalização da segunda maior greve das categorias na história do cinema. A paralisação começou em maio,  após o fracasso das negociações por aumentos salariais e redesenho dos direitos conexos com os estúdios norte-americanos, e recebeu o apoio do Sindicato dos Atores dos Estados Unidos (SAG-AFTRA) em julho.

O acordo do sindicato de escritores e roteiristas estabelece regras para o uso de IA na produção de filmes e séries. A tecnologia, por exemplo, está proibida de ser utilizada para escrever ou reescrever material literário. Além disso, o que for, de fato, gerado pela IA não poderá ser usado para prejudicar os direitos autorais dos escritores da classe.

Leia mais: ChatGPT agora tem olhos e ouvidos – qual é o risco disso?

Por outro lado, os escritores e roteiristas podem optar por utilizar a Inteligência Artificial em seus trabalhos de redação com o consentimento da empresa e seguindo as políticas aplicáveis dos estúdios. No entanto, a empresa que conduz a produção não pode exigir que o escritor utilize ferramentas de IA generativa em seus serviços de redação. A empresa deve também informar o escritor se o material fornecido a ele for gerado ou incorporar materiais gerados por IA.

Por fim, o sindicato (WGA) aponta que a exploração do material de seus escritores e roteiristas para treinar modelos de linguagem de IA generativa – outra preocupação apontada ao longo da greve e por demais profissionais das áreas criativas, como artistas e escritores de ficção – está proibida pelo acordo.

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O novo acordo feito com os estúdios de Hollywood é válido de 25 de setembro de 2023 a 1º de maio de 2026 e inclui um aumento salarial de 5% para escritores e roteiristas, com reajustes adicionais entre 2024 e 2026. Além disso, os roteiristas passam a ter direito a um bônus na remuneração quando seus trabalhos forem assistidos por pelo menos 20% dos assinantes das diferentes plataformas de streaming de filmes e séries dentro de um período de 90 dias a partir da data do lançamento das obras.

O acordo, que será votado pelo sindicato dos roteiristas entre os dias 2 e 9 de outubro, também impõe regras e restrições ao uso de Inteligência Artificial (IA) em projetos realizados por roteiristas – tema que ganhou destaque durante a greve. Alguns dos temores das classes relacionados à tecnologia são a substituição dos profissionais na criação de histórias e roteiros, e o uso de imagens de atores e atrizes.

Uso de IA no cinema já é realidade

No episódio “Joan Is Awful”, da série Black Mirror, exibida pela Netflix, uma personagem vê sua vida retratada em um seriado de forma caricata, apontando todos os seus comportamentos duvidosos e problemáticos. Mas descobre-se que a atriz que interpreta a moça, na verdade, é uma reprodução de sua imagem por meio de Inteligência Artificial. Assim, as duas se unem para derrubar a produção e a tecnologia utilizada pela produtora.

O episódio exacerba uma das grandes preocupações dos roteiristas e atores: de que a Inteligência Artificial poderá substituir vários dos trabalhos realizados por profissionais humanos nas produções audiovisuais da indústria. Mas este medo não parece tão distante da realidade. Segundo a consultoria Gartner, até 2030, será lançado um longa-metragem de sucesso com 90% do filme produzido por Inteligência Artificial.

Um curta metragem, por exemplo, já foi feito por meio do DALL-E, ferramenta de IA generativa de geração de imagens da OpenAI – empresa proprietária do ChatGPT. Para isso, a produtora Waymark, baseada em Detroit, no Estados Unidos, alimentou o modelo de linguagem com o roteiro do filme “The Frost”. Em seguida, com todos os frames em mãos, utilizou D-ID, uma ferramenta que adiciona movimento a imagens estáticas.

Leia mais: A tecnologia é uma ameaça aos artistas?

O valor da IA na indústria cinematográfica

Produções maiores também já estão utilizando a tecnologia, como a série “The Mandalorian”, da Disney, e o filme “Indiana Jones e a Relíquia do Destino” – que utilizaram a IA para rejuvenescer os atores Mark Hamill Harrison Ford em seus papeis como Luke Skywalker e Indiana Jones. No entanto, por mais que a IA generativa traga ameaças e preocupações a profissionais da indústria cinematográfica, a criatividade ainda é apontada como uma competência essencialmente humana.

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Segundo a consultoria Bain & Company, para continuar a criação de conteúdos de qualidade, a IA generativa não deve substituir os profissionais criativos. Seu valor para a indústria está na otimização do processo e da pós-produção, o que resultaria em mais tempo de filmagens e antecipar efeitos visuais na etapa de pré-produção de filmes e séries. Com isso, filmes poderão chegar às plataformas de streaming e aos cinemas muito mais rápido e com um orçamento reduzido em mais de 20%.

A consultoria recomenda, portanto, que as indústrias criativas não utilizem tecnologias como a IA generativa e outras para substituir o processo criativo. Por mais que a IA, por exemplo, tenha a capacidade de gerar um texto ou roteiro de cinema, são os roteiristas, escritores e diretores que conferem emoção às narrativas. Além disso, indica que as empresas do ramo conheçam e paguem pela propriedade intelectual utilizada nas produções. Uma vez que diversos modelos de linguagem utilizam materiais de propriedade intelectual sem o consentimento de seus criadores, conhecer a fonte dos dessas criações é essencial para contribuir com a comunidade criativa e resguardar organizações de riscos éticos e legais.



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