Como se sabe, utilizar o celular ou o tablet para comprar ainda não é realidade no Brasil. No entanto, o uso dos dispositivos móveis tem crescido entre os consumidores como ferramentas de relacionamento com a marca, seja para buscar preços ou mesmo localizar uma loja física.
Ainda assim, há espaço para mais. Muito mais. Segundo pesquisa anual da consultoria PwC sobre varejo, feita com a International Survey Unit, as oportunidades para que as empresas do setor transformem a pesquisa de preço em vendas via mobile são enormes. É só (?) resolver algumas deficiências.
Segundo o levantamento, feito com cerca de mil consumidores em todo o País, a compra no dispositivo móvel não se efetiva por algumas questões que são alheios aos varejistas, como tela pequena do celular, segurança em utilizar o device e conexão de dados lenta ou inacessível.
No entanto, as empresas têm pontos a melhorar que estão nas mãos delas. Segundo a pesquisa, os consumidores não compram via mobile também porque os sites das varejistas não são fáceis de usar (está na hora de ter um site simples e responsivo no mobile!) e também porque não tinham acesso ao wi-fi no momento da compra.
O primeiro caso, não tem nem o que falar: é apostar na simplicidade e facilidade de acesso. No segundo caso, ainda há um receio por parte do varejo de oferecer internet na loja por “medo” de perder vendas, já que o consumidor, ali mesmo, compararia os preços e poderia comprar na concorrência. Claro, é um risco que ele corre, mas compensa: facilita a vida do consumidor, eleva a experiência de compra e pode, sim, aumentar as vendas.
Um levantamento realizado pela LCP Consulting mostra que os varejistas britânicos que integraram vendas físicas e pela internet tiveram uma evolução de vendas da ordem de 10% a 20% nos últimos 12 meses.
Apesar de tantos entraves, a frequência das compras via mobile (tablet e smartphone) aumentaram muito entre 2014 e 2015. No ano passado, 18% dos entrevistados no Brasil afirmaram que compravam via tablet, contra 28% deste ano. Com relação ao smartphone, o percentual quase dobrou, passando de 17% em 2014 para 31% em 2015.
Confira infográfico do estudo.
Infográfico: Fernanda Pelinzon/Conhecimento e Conteúdo Grupo Padrão
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