Grande parte dos empreendedores de micro e pequenas empresas não deve fazer qualquer investimento no próprio negócio nos próximos 90 dias. Segundo dados do SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito) e da CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes), o número chega a 75%.
Os dados mostram que apenas 25% devem investir. E a principal motivação é o aumento das vendas, mencionado por 48% desses empresários.
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Outros motivos citados pelos empresários que os levam a investir são a necessidade de atender ao aumento da demanda (16%), adaptar a empresa a uma nova tecnologia (14%) e economizar recursos (10%).
Os investimentos prioritários serão ampliação de estoque (30%), investimentos em comunicação e propaganda (26%), reforma da empresa (26%,) compra de equipamentos (23%) e ampliação do portfólio (17%).
Capital próprio
Considerando os empresários que planejam investir, a maior parte irá recorrer ao capital próprio guardado na forma de aplicações ou investimentos (66%), ou resultante da venda de algum bem (14%). Há ainda 13% que mencionam o empréstimo em bancos e financeiras. A opção pelo capital próprio deve-se, principalmente, ao fato de os juros bancários serem muito altos, citado por 49%
“Infelizmente, parte considerável dos empresários desconhece a existência de linhas de financiamento adequadas aos perfis de seus negócios. Some-se a isso, a falta de profissionalização dentro das empresas e a escassez de oferta de crédito em decorrência da crise”, explicou em nota o presidente da CNDL, Honório Pinheiro.
“Como muitos dos empresários de menor porte misturam a gestão do caixa de suas empresas com as contas pessoais, é comum que eles acabem recorrendo aos recursos do próprio bolso como alternativa aos empréstimos e financiamentos negados por instituições financeiras”, completou.