Mesmo com um histórico de pessimismo, os micro e pequenos empresários varejistas e prestadores de serviço estão esperançosos em relação ao futuro próximo. É o que reflete o Indicador de Expectativas, apurado pelo SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito) e pela CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas), que subiu de 59,11 pontos, em julho, para 64,11 pontos em agosto. Este resultado é o expressivo em 15 meses de série histórica.
Segundo a pesquisa, 52,5% dos MPEs manifestaram otimismo com a economia nos próximos seis meses. Os pessimistas registraram só 18,75%.
Considerando apenas as expectativas sobre seu próprio negócio, a proporção de otimistas avança para 64,4%, e a de pessimistas cai para 9,75%.
No entanto, a maior parte dos empresários otimistas (35,2%) não sabe explicar as razões para isso, mas dizem apenas que acreditam que as coisas vão ser resolvidas de alguma maneira.
Outros 21% mencionam a resolução da crise política, e há quem acredite que a inflação será controlada e o país retomará a rota de crescimento (18,3%). Entre as outras razões citadas estão: o fato desses empresários estarem investindo para reverter a crise (15,7%) e adotarem uma gestão eficiente para suportar o momento de turbulência (15,5%).
Ainda de acordo com o levantamento, cresceu o número de empresários que esperam aumento de faturamento. Para 47,6% deles as receitas irão crescer nos próximos seis meses. Somente 9,1% esperam por uma queda. A justificativa para a expectativa de melhora dos ganhos é, em primeiro lugar, a busca por novas estratégias de venda (27,6%). Já para aqueles que acreditam que haverá queda das receitas, a crise aparece como a principal razão, citada por 38,4% desses empresários.