Muita gente deixa para fazer as compras depois do expediente e acaba não se atentando aos alimentos que coloca no carrinho. De acordo com a Dra. Myrna Campagnoli, endocrinologista que integra o corpo clínico do Delboni Medicina Diagnóstica, para evitar cair em armadilhas é fundamental ler os rótulos na hora de escolher os alimentos. ?Até mesmo as versões light podem não ser nutricionalmente boas para o organismo?, explica ela.
Para a especialista, não é necessário ler todo o rótulo, mas algumas informações merecem destaque. Os ingredientes, por exemplo, mostram qual a composição do produto de forma decrescente. Por exemplo, se o primeiro ingrediente presente na lista for farinha de trigo, então é o que está em maior quantidade no produto. ?Alguns sucos de caixinha têm como primeiro ou segundo ingrediente o açúcar, ou seja, não devem ser consumidos regularmente?, alerta a endocrinologista.
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A tabela nutricional também contém informações como calorias, açúcares e gorduras. ?Os dados colocados na tabela servem para controle nutricional e devem ser lidos principalmente por quem tem restrições alimentares, como os hipertensos, que precisam evitar o sódio?, afirma Dra. Myrna.
Para ajudar na compreensão da tabela nutricional, a endocrinologista listou alguns itens que merecem mais atenção:
– Valor energético: Corresponde a energia produzida pelo corpo proveniente de carboidratos, gorduras e proteínas. Ele costuma ser o primeiro item da tabela, colocado em forma de quilocalorias (kcal). Para quem segue dietas com restrições de calorias, este dado é muito importante;
– Quantidade da porção: Quem nunca comprou um pacote de salgadinho achando que tinha poucas calorias, mas ao chegar em casa percebeu que o número correspondia a apenas um terço do pacote? Este é um dos primeiros itens que devem ser olhados a fim de evitar surpresas depois;
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– Gorduras saturadas: Encontrada principalmente em alimentos de origem animal, essa gordura quando consumida em excesso aumenta o colesterol ruim (LDL). Para saber se o produto tem muito desse nutriente, lembre-se que o recomendado é apenas 20 gramas ao dia. Ou seja, alimentos com mais de 2 gramas a cada 100 gramas já representam 10% da cota diária;
– Sódio: Está presente em quase todos os alimentos industrializados, inclusive nos doces. O seu consumo excessivo pode ser prejudicial, principalmente aos hipertensos. O indicado é que a cada 100 miligramas de um alimento, deve haver no máximo 200 miligramas de sódio;
– Fibras: Além de ajudar no regulamento do intestino, as fibras são também importantes aliadas para redução da absorção do colesterol e açúcares. Segundo a Dra. Myrna, hoje o mercado conta com várias opções de alimentos integrais, mas nem todos possuem uma boa porção desse nutriente. O ideal é que haja a proporção de três gramas de fibras a cada 100 gramas do produto;
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– Colesterol: Independentemente da quantidade de alimentos consumidos diariamente, o consumo diário de colesterol não deve passar de 300 miligramas. O excesso pode colaborar para o aumento do LDL, resultando em um fator de risco para o infarto.
Fonte: Assessoria de Imprensa Delboni Medicina Diagnóstica.