Os empresários da região metropolitana de São Paulo ainda enfrentam problemas com os estoques, tanto pelo excesso como pela falta dele. É o que mostra pesquisa da FecomercioSP (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo). Segundo os dados, 50,9% dos empresários seguem com estoques inadequadas em fevereiro.
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Segundo a Federação, houve uma queda de 4,3% no Índice de Estoques, em relação ao mês anterior. Frente ao mesmo mês do ano passado, o indicador apresentou alta de 1%. Com isso, o indicador voltou a ficar abaixo dos 100 pontos, o que não ocorria desde outubro do ano passado.
O indicador registra a percepção dos comerciantes sobre o volume de mercadorias estocadas nas lojas, e varia de zero (inadequação total) a 200 pontos (adequação total). A marca dos 100 pontos é o limite entre inadequação e adequação.
Segundo a pesquisa, os varejistas não conseguiram reduzir os excessos de produtos com as vendas de final de ano. Nem as promoções de janeiro puxaram os estoques para baixo.
Ao todo, 36,5% deles estão com estoques acima do adequado e 14,4% afirmam que estão com estoques abaixo do nível ideal. Apenas 48,6% dos empresários afirmaram estar com estoques no nível adequado em fevereiro. A última vez que a parcela de adequação superou os 60% foi em dezembro de 2013.
Segundo os economistas da Federação, a confiança de empresários, dos consumidores, o índice de estoques, a propensão a investir e a contratar ainda indicam que o País “está pavimentando o caminho para a recuperação em 2017, porém, todos esses números acabaram por decepcionar, de certa forma, no início do ano”.
Ainda segundo a Federação, os varejistas conseguirão ajustar os estoques ainda neste ano, mas não será rápido e nem de forma homogênea. “Não será possível, por exemplo, um ajuste de estoques muito rápido para segmentos dependentes de crédito, mas para vestuário, calçados, e até alguns eletroeletrônicos mais simples e baratos pode ser que o efeito seja mais rápido”.