O termo home office segue batendo recorde de buscas no Google no Brasil. Enquanto muitas pessoas buscam se adaptar ao modelo de trabalho, outras querem entender o seu funcionamento enquanto buscam colocação profissional. As próprias empresas precisam de profissionais com capacidade para se saírem bem nesse formato de vínculo empregatício, antes restrito a algumas profissões, mas que se popularizou por causa da pandemia de Covid-19.
Mas, quais habilidades, de fato, são necessárias para se dar bem no home office? Confira uma seleção inspirada pelas sugestões dadas por Jessica Thiefels, consultora de marketing, podcaster do programa Mindset Reset Radio e autora de livro sobre o tema em um artigo para o portal “Fast Company”.
1. Solução de conflitos
Resolver desacordos entre os membros da equipe durante o trabalho é o desafio número 1 de quem está trabalhando remotamente. Essas conversar costumam ser desgastantes e duram horas. Segundo dados fornecidos pela consultora de marketing, só nos Estados Unidos, os profissionais tende a ficar mais de 2 horas por semana lidando com conflitos.
Se você costuma se sair bem nesse tipo de situação, isso pode ser um diferencial até mesmo na hora de procurar um novo trabalho – já que a tendência é que muitos empregos se mantenham em esquema de home office. Vale destacar, segundo a consultora, momentos nos quais você usou suas habilidades de comunicação para prevenir ou solucionar impasses dentro de times, ou entre áreas diferentes da empresa. Para quem trabalha com atendimento ao cliente, reforçar essa característica de resolução de conflito é essencial.
2: Intimidade com as tecnologias de comunicação
Parece uma habilidade meio óbvia essa, certo? Mas não é. Em tempos de Zoom, Hangouts, Microsoft Teams, Facetime e assim por diante, cada conversa de tela para tela tem suas particularidades. Algumas precisam ser mais rápidas e informais, outras mais protegidas, com dados e informações trocadas em sigilo. Além disso, a qualidade da internet e dos dispositivos das pessoas em home office também impactam sua atuação. Ou como diz Jessica Thiefels: “15% do tempo total de trabalho dos funcionários está sendo desperdiçado em comunicações ruins e ineficientes”.
Algumas empresas possuem, inclusive, seus próprios aplicativos de comunicação interna. Mostrar habilidade dominando as diversas ferramentas de comunicação remota é um ponto positivo, já que não exige treinamento por parte da empresa, portanto, menos horas gastas nesse processo. Mas existem também diversos aplicativos para gerenciamento de tempo e tarefas, como o Slack e o Monday, bem como softwares de gerenciamento de projetos, como o Asana e o Basecamp. Vale se inteirar de todos eles.
3: Ser bom em vendas
Em tempos nos quais os esforços de venda estão praticamente todos concentrados na interação online, essa é uma habilidade quase “de ouro”, indica a consultora de marketing em seu artigo. Ela também ressalta que, para quem procura emprego, o expertise em vendas deve estar bem pontuado no currículo, pois se tornou essencial para muitas empresas aumentar essa base de empregados no atual momento: “A necessidade de persuadir é importante em muitas posições, em todos os setores”, diz Jessica Thiefels.
É claro que ninguém vende nada se não conseguir se comunicar de uma boa maneira, então, agora mais do que nos últimos anos, é hora de lançar mão de sua capacidade de falar e conquistar pessoas. Uma dica extra aqui: há cursos online que ajudam a falar melhor e ser menos tímido na comunicação interpessoal. Pode ser uma boa saída neste cenário “pós-pandemia”.
4: Organização
Aqui está um elemento essencial para o trabalho em home office, que acaba comprometendo diversos bons profissionais porque eles simplesmente não conseguem se organizar direito com a agenda do dia nem com as próprias tarefas pessoais. Segundo o artigo de Jessica, o que gerentes e líderes de equipe procuram são pessoas que possam responder de forma clara aos problemas com clientes e às questões do dia a dia. Para isso, é necessário ter uma visão macro do que está acontecendo e, portanto, organização para não perder os processos.
Jessica também fala de organização em termos de capacidade pessoal, ou seja, reforça que raciocínios e pontos de vista coesos são mais fáceis de serem compreendidos com uma interface mediando a comunicação, como é a vida no trabalho hoje. Interrupções externas e divagações podem ser prejudiciais se a equipe ou você mesmo tem um prazo curto para resolver determinada questão.
5: Boa escrita
Sabe aquilo que se resolvia numa rápida conversa na mesa do chefe ou em um bate-bola na pausa do cafézinho? Sem os espaços de convivência em comum o que nos resta é ter uma boa comunicação pela escrita. Caso contrário, será uma sucessão infinita de reuniões – e ninguém quer isso.
Quem sempre foi bom em redação o tem o hábito de escrever pode se sair melhor nessa habilidade, mas ela é facilmente adquirida também em cursos online ou com mais prática. Além disso, há diversas ferramentas gratuitas disponíveis para ajudar a melhorar o texto e corrigir possíveis erros de ortografia. O exercício aqui é ser coeso na mensagem, ou seja, não escrever demais e ser preciso no que for abordado.