Pesquisa divulgada hoje (08) pela Fundação Dom Cabral, com 221 startups e seus fundadores, mostra que 25% das startups brasileiras morrem antes de complementar e metade, 50%, delas não passa de quatro anos.
Além de mostrar a taxa, o estudo também avaliou os motivos desse cenário e três fatores se destacaram: número de sócios, volume de capital investido na startup antes do início das vendas e local de instalação.
O primeiro fator eleva e muito a morte da empresa. Segundo o estudo, a cada sócio a mais que trabalha em tempo integral na empresa, a chance de descontinuidade aumenta em 1,24 vez.
“Muitas vezes, os interesses pessoais e profissionais dos sócios não convergem, resultando em problemas de relacionamento, além da incapacidade de adaptação de muitos deles às necessidades e mudanças do mercado”, disse, em nota, o coordenador do Núcleo de Inovação da FDC e responsável pela pesquisa, Carlos Arruda.
Com relação ao capital, Arruda afirma que “investir grande quantidade de recursos na startup antes de ela começar a faturar aumenta as chances de insucesso”.
A pesquisa mostra que o cenário mais preocupante é o de startups cujo capital investido cobre os custos operacionais pelo período de 2 meses a um ano – elas são 3,2 vezes mais suscetíveis de desaparecer do que as companhias com capital suficiente para cobrir os custos por um mês e 2,5 vezes mais suscetíveis do que as com capital para cobrir os custos por mais de um ano de operação.
Já o fator localização mostra que se a empresa está em uma aceleradora, incubadora ou parque, a chance de morte é 3,45 vezes menor em relação às startups instaladas em escritório próprio ou sala/loja alugada.
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