Além de uma necessidade básica da vida pessoal, o bem-estar é também necessário dentro do mundo corporativo. Estar bem envolve o estado ocupacional, físico, emocional, financeiro, social, intelectual e espiritual. Essas dimensões são essenciais para o ser humano ter uma vida mais plena.
Dentro dessas dimensões, é importante levar em consideração como tem sido promovido o bem-estar no mundo corporativo. Afinal, a produtividade está relacionada a ter uma boa saúde mental e física. Promover um ambiente de trabalho mais saudável resulta em benefícios para todas as partes, tanto que 96% dos colaboradores afirmam que, na busca por um novo emprego, levam em conta apenas lugares que claramente priorizam o bem-estar. Os dados são do Panorama do Bem-Estar Corporativo 2024, um estudo elaborado pelo Gympass.
Para as empresas, isso é um alerta de que seus profissionais dão o melhor de si quando o ambiente permite que façam um bom trabalho. Cabe agora aos líderes trabalhar em prol de proporcionar o bem-estar dentro do mundo corporativo para seus colaboradores. 91% dos gestores afirmam que podem cuidar do próprio bem-estar durante o expediente de trabalho.
Por outro lado, o percentual diminui de acordo com os cargos. 76% dos que ocupam cargos gerenciais e 66% das pessoas em nível não gerencial podem se cuidar enquanto trabalham. Além disso, 69% das mulheres dizem que têm o tempo necessário para isso, em comparação com 77% dos homens.
O estudo mostrou ainda que o local de trabalho também é um ponto levado em questão pelos colaboradores. 77% dos entrevistados que trabalham no modelo que preferem (presencial, remoto ou híbrido) disseram conseguir cuidar do próprio bem-estar. Já no caso dos que queriam estar em um modelo diferente, o número dos que conseguem se cuidar cai para 65%.
Bem-estar corporativo é inegociável para colaboradores
Se o salário é algo levado em conta no momento de analisar uma oportunidade profissional, o bem-estar no ambiente de trabalho também é. Aliás, 93% dos profissionais consideram estar bem no ambiente profissional tão importante quanto a remuneração. Além disso, 87% deles sairiam de uma empresa que não tem como prioridade a satisfação da equipe.
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O estudo mostra ainda que o bem-estar corporativo, além de ser considerado tão importante quanto o salário para os colaboradores, gera produtividade. Para 95% das pessoas, estar bem emocionalmente tem impacto direto com o quanto produz dentro da empresa. O bem-estar físico também é importante para 93% dos trabalhadores. Além disso, o nível de estímulo intelectual das atividades no trabalho afeta a produtividade de 93% dos ouvidos pelo estudo.
O modelo de trabalho também foi apontado pelos colaboradores, e 37% deles gostariam de mudar para uma forma diferente. Com relação a 2022, o bem-estar dos trabalhadores melhorou em 2023, e isso é afirmado por 83% deles. Outro ponto exposto pela pesquisa diz respeito ao fato de 77% dos profissionais usarem os benefícios de bem-estar oferecidos pelas empresas.
Outro ponto abordado pelo estudo são as variações de bem-estar entre homens e mulheres. Questionados quanto ao tempo que ambos têm para esse cuidado, 69% das mulheres afirmam que os instantes que têm são suficientes para cuidarem de si. Já entre os homens, esse percentual sobe para 77%.
Já na questão hierárquica, 91% dos líderes afirmam conseguir cuidar do bem-estar durante o expediente, em relação aos 76% que estão em cargos gerenciais. Já os outros níveis hierárquicos que têm a possibilidade de cuidar do bem-estar no horário de trabalho são 66%. Além disso, trabalhar em um modelo que lhes agrada é fundamental, uma vez que aqueles que estão no formato de sua preferência (90%) são mais satisfeitos que os que não estão (80%).
Como as empresas têm visto o bem-estar corporativo?
Os impactos podem ser sentidos dentro das corporações, e os líderes já afirmam isso. Foi notado pelo estudo que empresas que apostam no bem-estar relatam melhoras na aquisição e retenção de talentos: 85% dos líderes de RH que oferecem esse tipo de programa afirmam que a iniciativa reduziu o custo da gestão de talentos.
Um segundo estudo do Gympass, chamado Roi do Bem-estar, apontou que o mundo corporativo reconhece essa crise no bem-estar: 95% dos líderes das empresas afirmaram que o burnout tem afetado a rotatividade desde 2019, e é uma questão cada vez mais preocupante desde então. Porém, os líderes das empresas e os profissionais de recursos humanos costumam superestimar o impacto de suas iniciativas atuais de bem-estar. Enquanto quase 80% das empresas afirmam que os recursos oferecidos trazem melhorias à saúde mental, cerca de apenas um terço dos colaboradores concordam.
O jeito brasileiro de lidar com o bem-estar do colaborador
O estudo mostrou que, no Brasil, as empresas têm apostado no bem-estar corporativo de ponta a ponta. Em comparação aos outros países, por aqui o RH é mais otimista sobre o quanto o C-Level valoriza o bem-estar dos colaboradores e quanto os programas de bem-estar reduzem as ausências ao trabalho por questões médicas por conta dessas iniciativas.
Por aqui, 97% das empresas que mensuram o ROI de seus programas de bem-estar percebem os resultados positivos. Diante desse cenário, investem em ações que colaborem com a satisfação da equipe. 97% das lideranças dizem que eles são muito ou extremamente importantes para a satisfação dos colaboradores, 86% relatam que essas iniciativas são importantes para a retenção de talentos e 89% reconhecem a grande importância delas para a aquisição de talentos.
As empresas que adotam programas de bem-estar percebem uma redução na assistência médica e têm colaboradores mais saudáveis. 82% delas notam um declínio no custo dos planos de saúde, e 88% atribuem a essas iniciativas uma queda no número de faltas ao trabalho por questões médicas.
Além disso, 97% dos que ocupam cargos C-Level defendem o bem-estar de seus colaboradores. Os impactos são vistos na gestão de talentos. As equipes executivas do país dizem que os programas de bem-estar são importantes para a satisfação dos colaboradores (99%), para a retenção (96%) e para a aquisição de talentos (96%). Para 90% dos executivos, os programas de bem-estar são uma medida que traz redução de custos e 85% dizem que são uma vantagem competitiva.