É inusitado pensar no ator Zac Efron como o apresentador de uma série documental da Netflix cujo objetivo é descobrir o que países estão fazendo de mais sólido (e moderno) quando o assunto é sustentabilidade. Pois o norte-americano conhecido por seus papéis de galã em séries e filmes de Hollywood, tais como “High School Musical”, “Baywatch” e “Ted Bundy – A Irresistível Face do Mal”, voltou à cena. Desta vez para associar sua imagem ao tema do desenvolvimento sustentável, é mais uma ação do re-branding que o próprio Zac está fazendo com sua imagem, agora que passou dos 30 anos de idade.
Talvez por isso mesmo a série “Cura Essa – Com Zac Efron” (o nome em inglês – “Down to Earth”), atualmente disponível na Netflix, tenha gerado tanta curiosidade. A proposta do documentário é dar uma volta ao mundo atrás dos melhores cases de sustentabilidade, ou seja, o que sendo feito com relação a saídas ecologicamente sustentáveis em diversos mercado, como infraestrutura, gastronomia ou turismo.
A primeira temporada está dividida em oito episódios nos quais Zac e Darin Olien, seu amigo pessoal, mas também mentor e guro de saúde e bem-estar dos mais famosos do mudo, viajam por lugares dos mais diferentes em busca dos cases de sustentabilidade. No roteiro estão França, Peru, Itália, Costa Rica, Papua Nova Guiné e outros.
Entre os chamados “cases de sucesso” verde estão, por exemplo, a maneira inovadora como a cidade de Paris está utilizando a água como bem público, em um processo com menos desperdício e mais oferta. Por lá, a dupla é recebida pela prefeita da capital francesa, a jovem Anne Hidalgo, que conta como o governo retomou a empresa de águas parisiense da iniciativa privada para gerenciá-la de maneira mais bem-sucedida.
O tema da água, inclusive, é explorado quando Zac e Darian conversam com uma espécie de sommélier da bebida, um especialista que explica as diferentes propriedades que águas de diversos cantos do mundo podem ter e como elas afetam a nossa saúde. A linguagem é simples, divertida e as curiosidades ligadas às viagens de cada episódio ajudam a criar a ideia de que já existem saídas ecologicamente corretas para muitos problemas enfrentados hoje no mundo.
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Pegada aventureira
Com o tema da sustentabilidade em alta, principalmente entre millennials e jovens da geração Z, como já é notório nos relatórios de comportamento geracional, não é de se espantar que o programa tenha ficado bastante popular no streaming. Mas para atrair ainda mais a audiência, Zac também imprime espírito de aventura a cada episódio. A dupla topa desafios como fazer rituais de ayahuasca em uma cidade do Peru, comer uma carne defumada em estrume na Islândia ou entrar em uma usina geotérmica, onde gases são transformados em energia para aquecer e iluminar cidades (também na Islândia).
Em uma das paradas, em Porto Rico, Zac Efron e seu guru-companheiro de estrada (que é vegano, vale ressaltar), tratam de uma tema sério: a destruição da ilha por conta de um furacão, em 2017. Eles mostram os impactos catastróficos que a crise climática pode trazer para milhares de pessoas por causa do aumento na ocorrência de catástrofes naturais. O entretenimento está na série, mas o propósito, a causa, nunca sai dele.
“Viajamos o mundo para encontrar novas perspectivas sobre alguns problemas muito antigos”, disse o ator, na época do lançamento, que tem parceria com o guia de viagens Lonely Planet. “Vamos conhecer alguns dos melhores inovadores verdes para ver como mudar é um trabalho interno. E vamos comer muito, muito bem”, brincou Zac ao mencionar suas aventuras gastronômicas. Com ou sem iguarias alimentares – e em tempos nos quais a melhor forma de viajar continua sendo vendo filmes ou séries sentado no sofá de casa, o documentário do ator é uma boa pedida para ganhar conhecimento e também se divertir.
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