O Legaltech Conference colocou o público formado por advogados e juristas em geral para pensar sobre as implicações da tecnologia no universo das leis – afinal, vivemos em um mundo onde a velha e a nova economia vivem um intenso embate pela sobrevivência cujo escudo é a legislação.
Bruno Fengelson, presidente da Associação Brasileira de Lawtechs e Legaltechs (AB2L), fez o povo do direito colocar a cabeça para pensar. No entanto, ele não abordou a polêmica entre a Uber e os táxis. Na verdade, ele destacou assuntos mais “sombrios”.
“Vocês já pararam para pensar que o algoritmo do Waze controla as cidades? Você dirige o seu carro a partir da indicação do aplicativo. Em um mundo de carros autônomos iremos apenas pelo caminho que o Waze indicar? O Waze está controlando a cidade?”, questionou.
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Fengelson fez outras sucessões de questionamentos sobre o futuro, de um lado, e o universo jurídico, de outro. Um deles foi o Facebook. “Em 30 cliques o Facebook e o Google sabem mais sobre você do que o seu amigo, marido ou esposa. E quando você buscar por algo na internet, essas empresas te oferecem algo direcionado. Isso fere a liberdade de escolha?”, provocou.
Segundo o especialista, essas são apenas algumas questões que surgem no horizonte do novo direito. E entendê-los é criar teses e até mesmo trabalhar para empresas como o próprio Waze ou Amazon. O direito precisa se antecipar a esses temas. E será que o exército de um milhão de advogados no Brasil está pronto para esse desafio?