Com toda essa movimentação em volta do metaverso, preparações tecnológicas, investimentos e estudos, as grandes empresas já começam a se preparar para um novo mercado phygital que, em 2022, já dá as caras dentro de uma realidade virtual incomum. Mas se tem uma coisa que não te contam sobre o metaverso é que — ainda que aparente — esse não é um momento democrático para todas as empresas se arriscarem. A bem da verdade, tudo indica que essa inovação é um grande jogo para “peixe grande”.
Isso porque todo o desenvolvimento desse novo espaço virtual foi pensado por meio de NFT (tolkens não fungíveis) e criptomoedas — posto que essa é a principal maneira de fazê-lo funcionar da melhor forma. E ter acesso a essas tecnologias hoje é algo bem mais complexo, em especial para as empresas. É por esse motivo que a maior parte das companhias que estão se preparando para o metaverso são as gigantes, como o Meta (antigo Facebook, que inclusive mudou seu nome para investir nesse novo universo), Google, Nike, Gap, Disney e, pelo anúncio recente, o Walmart.
Segundo os documentos da supervarejista, enviados ao Escritório de Patentes e Marcas Registradas (USPTO), a empresa fez um discreto pedido de registro de tecnologias pensadas para o metaverso — tendo, ao todo, sete pedidos separados no dia 30 de dezembro. E a grande diferença de sua entrada para as demais companhias é que a marca pretende criar e utilizar seu próprio criptoativo.
Pouco tempo atrás, a empresa mostrou uma versão em VR Virtual de sua loja, durante a expo Shopping Experience SXSW. Confira:
https://www.youtube.com/watch?v=UNMHH0kIpPE
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Como funcionaria um Walmart no Metaverso?
Quais foram as solicitações de registro e quais serão as tecnologias trabalhadas, por meios legais, ainda é um mistério. Mas tudo indica que a empresa planeja vender roupas, artigos de decoração, eletroeletrônicos, eletrodomésticos, brinquedos e produtos de higiene pessoal dentro do metaverso. E o meio de pagamento, de acordo com o apurado pela CNBC — primeira a noticiar a decisão da marca e os pedidos no USPTO —, será realizado por criptomoedas e coleta de NFTs.
Embora pareça, esse modelo de pagamento não é inteiramente novo para a marca. Em outubro do ano passado, o Walmart já havia demonstrado interesse em criptoativos, posto que algumas das lojas nos Estados Unidos continham quiosques nos quais os clientes podiam comprar Bitcoins.
Além disso, a agência CNBC destaca que o Walmart informou, em outro registro, um pedido em que pretende ter sua própria moeda virtual, algo semelhante aos NFTs, para uso na loja digital. Há ainda outra solicitação também para um software de gestão de tokens, ativos digitais e blockchain. Vale destacar que a companhia já estuda alguns serviços de saúde e educação dentro de uma realidade digital nova, com uso de realidade virtual e aumentada.
Em linhas gerais, tudo indica que a empresa abrirá uma unidade completamente virtual no metaverso em breve e já vem trabalhando para que esse objetivo possa ser realizado da melhor forma. Mesmo porque as oportunidades econômicas envolvidas no processo são astronômicas: as possibilidades de negócios estão estimadas em US$ 8 trilhões, segundo a avaliação dos analistas do Morgan Stanley.
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