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Como serão as viagens corporativas do futuro?

Como serão as viagens corporativas do futuro?

Grandes empresas anunciam que reduzirão o investimento em viagens corporativas em virtude de processos mais tecnológicos

Se tem algo que a pandemia mudou profundamente foi o conceito da necessidade de deslocamento, seja para viagens corporativas ou de lazer. A sensação de presença, ainda que não possa ser comparada à física, sofreu profundas diferenças com o avanço do digital. Isso pode ser visto de forma muito simples na experiência promovida pela realidade aumentada: temos hoje uma nova noção do que é palpável.

Em cenário com impeditivos de deslocamento, como foi o caso da quarentena, as alternativas foram totalmente pautadas no digital. E, nesse contexto, as empresas enxergaram uma transformação que atingiu em cheio a maneira de fazer negócios: uma alternativa às viagens de negócios.

É claro que ainda não dá para afirmar que uma visita presencial pode ser sempre substituída por uma chamada por vídeo no Zoom — até porque, após 18 meses em isolamento, as corporações já notaram que as chamadas podem não ser assim tão proveitosas para os colaboradores. Mas a tecnologia já nos aproximou tanto de um cenário palpável por meio do digital que uma viagem de negócios talvez já não seja tão necessária hoje em dia.

Uma realidade virtual sensível ao toque

Com tantas mudanças, grandes empresas já afirmaram que as viagens serão substituídas. É um avanço comum: embora o contato físico tenha sua tremenda importância, as despesas de viagens de negócios — em especial as mais distantes — dependem de um investimento considerável, sem contar na estrutura e o planejamento de tudo.

Segundo estudo da Bloomberg, 84% das grandes empresas ao redor do globo pretendem gastar menos em viagens corporativas nos próximos anos. A pesquisa mostra, ainda, que a maior parte dos entrevistados estimam redução de 20% a 40% no valor investido nessas viagens, para dar espaço a reuniões por meios digitais.

Entre os motivos, as empresas citam tanto a redução dos investimentos quanto a praticidade, sustentabilidade e eficiência dos softwares já existentes. É uma realidade para a maioria das 45 grandes empresas entrevistadas no estudo, com sedes nos Estados Unidos, Europa e Ásia.

Companhias como a Michelin, Pfizer, HSBC, LG Eletronics, Invesco e Deutsche Bank já sinalizaram que muitas das viagens feitas antes da pandemia já não serão mais necessárias exatamente por causa do avanço da tecnologia. Em contato com a agência de notícias Bloomberg, dentro do estudo, a Akzo Nobel, maior fabricante de tintas da Europa, já informou que houve mudanças: a empresa passou o último ano com diretores que “visitavam” suas 1,24 fábricas por meio de realidade virtual aumentada (RVA) em alta definição.

Essa mudança, que parece tão pequena ao primeiro olhar, na verdade reduziu o tempo de gerenciamento dos processos da empresa: ao invés de dias de voo para cruzar o mundo e visitar presencialmente cada uma das fábricas, um processo que demoraria meses, o diretor da empresa passou algumas horas com óculos de RVA.

“As viagens para fechar negócios podem cair em um terço, e as reuniões internas ainda mais”, disse em entrevista ao veículo. “É positivo para nossas carteiras e ajuda nossos objetivos de sustentabilidade. Nossos clientes tiveram um ano de treinamento. Há um elemento de eficiência enorme.”

Viagens corporativas: mudanças e impactos na economia

A nova maneira de fazer negócios, no entanto, traz uma transformação cheia de impactos. Para as companhias aéreas, por exemplo, o resultado disso é uma imensa diferença no faturamento anual.

Dados da Associação Global de Viagens de Negócios mostram que os gastos feitos com viagens de negócios podem ter redução de cerca de 190 bilhões de dólares em todo o mundo nos próximos três anos, caindo de 1,43 trilhões em 2019 para 124 trilhões em 2024. Isso significa dizer que uma parte considerável do faturamento das companhias aéreas ficará bastante comprometido, visto que as viagens corporativas correspondiam — antes da pandemia — a 75% do lucro dessas empresas, segundo estudo da PwC.

Esse mesmo relatório destaca que hoje, esse tipo de viagem corresponde apenas a 12% dos assentos de aviões, explica a PwC. E se o cenário das companhias aéreas já parecia ruim, vale lembrar que essa mudança é uma transformação em cascata que vai além da aviação: atinge também o setor hoteleiro, que obtém receita de cerca de 65% com empresários e profissionais que viajam à trabalho.

No entanto, ainda que o cenário não pareça nem um pouco promissor para ambos os setores — bastante assolados pelos efeitos da pandemia, vale dizer —, é preciso reconhecer que a mudança é um tanto quanto condizente com a realidade digital dos últimos dois anos. A chegada do digital para transformar algumas atividades feitas exclusivamente no meio físico já era prevista antes mesmo da pandemia. Com o isolamento social, a única diferença foi a aceleração desses processos, já esperados em um futuro próximo.

Agora, com um maior alinhamento da tecnologia, os negócios têm se transformado. E realidades com a da Azko Nobel parecem cada vez mais próximas. Assim, a pergunta que fica é: até que ponto a tecnologia vai pautar o que nos é palpável?


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