As vendas no Estado de São Paulo devem seguir em ritmo de queda intensa até, pelo menos, o primeiro trimestre do próximo ano, segundo a ACSP (Associação Comercial de São Paulo).
A projeção tem como base os recuos mensais verificados pelo indicador. Mês a mês, 2015 não apresentou um número positivo sequer. O mais recente deles, divulgado hoje (26), mostra recuo de 15,4% nas vendas do varejo ampliado (que considera as lojas de material de construção e automóveis), em agosto, na comparação com o mesmo mês de 2014.
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Na avaliação mensal, houve recuo de 3,7% nas vendas. Já a retração acumulada de janeiro a agosto ficou em 6,5%.
Apesar dos resultados e projeções ruins, Alencar Burti, presidente da ACSP e da Facesp (Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo), acredita em recuperação. ?A exemplo de todas as crises que o País já enfrentou nos últimos 50 anos, sempre houve uma saída para os processos recessivos. O Brasil tem condições de superar este momento, apesar das múltiplas vertentes da crise, como superou outras talvez até mais graves no passado?, disse em nota.
Considerando os setores, as maiores quedas foram verificadas nas lojas de departamento, eletrodomésticos e eletroeletrônicos (-22,7%), concessionárias de veículos (-22,2%), lojas de material de construção (-18,3%) e lojas de móveis e decorações (-15,4%) ? itens cuja compra é, em geral, financiada com crédito, que está cada vez mais caro e mais escasso.