Duas projeções divulgadas nesta manhã indicam um cenário negativo para as vendas no Dia das Mães deste ano. Segundo o SPC Brasil e a Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas (CNDL), as vendas a prazo na principal data comemorativa do primeiro semestre deverão ter uma queda de 3,6% entre os dias 3 e 9 de maio, em relação ao período equivalente do ano passado.
Se as expectativas se confirmarem, as vendas a prazo devem apresentar a segunda queda consecutiva em seis anos de série histórica. Em períodos anteriores, as variações foram de -3,55% (2014), +6,44% (2013), +4,40% (2012), +6,53% (2011) e de +9,43% (2010). A projeção se baseia na quantidade de consultas feitas ao banco de dados do SPC Brasil para compras a prazo em todo o território nacional.
Já a Confederação Nacional do Comércio (CNC) espera um crescimento de 0,5% nas vendas do setor, com uma movimentação de cerca de R$ 6,5 bilhões. Se isso ocorrer, este será o pior desempenho do indicador da entidade para o Dia das Mães desde 2004. Segundo a CNC, o desempenho positivo dos segmentos de farmácias e perfumarias e de artigos de uso pessoal e doméstico (que representarão cerca de 25% das vendas para a data) deverão impedir um resultado ainda pior. São projetadas quedas nas vendas em super/hipermercados e em móveis e eletrodomésticos.
A projeção de desempenho fraco das vendas se reflete na queda de 0,5% na contratação de trabalhadores temporários para a data, chegando a 29.600 pessoas. O setor de vestuário deverá concentrar 56,4% das vagas, ou 16.900, um declínio de 1,5% sobre 2014.
De acordo com o presidente da CNDL, Honório Pinheiro, a expectativa negativa para as vendas do comércio se deve ao baixo grau de confiança do empresário, à redução do poder de compra do consumidor e ao encarecimento das parcelas devido à alta dos juros. “Os lojistas amargaram o pior resultado dos últimos seis anos nas vendas da Páscoa e não esperam um desempenho diferente no Dia das Mães”, explica.
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