A falta de perspectivas de reversão do cenário de consumo no curto prazo levou a Divisão Econômica da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) a revisar de -2,9% para -3,6% sua expectativa para o varejo restrito, que exclui os segmentos de material de construção e veículos, em 2015.
No conceito ampliado, que inclui os segmentos de material de construção e veículos, a projeção da CNC passou de -6,5% para -6,8% ao final do ano.
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Para a Confederação, o ano de 2015 tem se mostrado especialmente desafiador para o varejo brasileiro em virtude de uma combinação de fatores. ?A maior queda no nível de atividade econômica em um quarto de século tem produzido reflexos altamente negativos sobre o mercado de trabalho, com avanço do desemprego e retração da massa real de rendimentos?, explica em nota o economista Fabio Bentes.
A queda do varejo restrito em agosto superou as expectativas, mostrando recuo pela quinta vez consecutiva (-6,9%) no comparativo com o mesmo mês de 2014, como divulgado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) . No conceito ampliado, a retração acumulada de 6,9% é a maior da série histórica, iniciada em 2004.
O pior ano do varejo até então foi 2003, quando o volume de vendas do setor acusou queda de 3,7%. No acumulado do ano, a variação de -3,0% é o pior resultado do varejo restrito desde 2003, quando, de janeiro a agosto, houve queda de 5,5% ante o mesmo período de 2002.
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