As vendas de material de construção registraram estabilidade em julho, na comparação com junho, segundo levantamento da Anamaco (Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção).
No acumulado do ano e dos últimos 12 meses, o setor também não cresceu. “Também precisamos ressaltar que o mês de julho do ano passado foi um mês de vendas mais expressivas, porque sucedeu a realização da Copa do Mundo no país, período em que as lojas acabaram fechando durante mais dias úteis do que o normal por conta dos jogos. Como o consumidor não estava comprando durante os jogos, ele acabou postergando as compras para o mês seguinte. Justamente por isso, a comparação do desempenho de julho de 2015 com o de 2014 não pode ser feita sem analisarmos esses fatores?, explicou, em nota, o presidente da associação, Cláudio Conz.
Em segmentos, contudo, é possível encontrar bons desempenhos. Revestimentos cerâmicos e tintas cresceram 3% cada, por exemplo. Já metais sanitários mantiveram o mesmo patamar de vendas de junho.
Entre os segmentos que registraram quedas estão os de cimentos e telhas, com queda de de 6% e 4%, respectivamente. ?Segundo os lojistas que tiveram crescimento nas vendas do mês, pisos foi um dos segmentos que mais impulsionou os resultados de julho. Eles também afirmaram que fizeram promoções e procuraram reduzir preços para garantir resultados positivos”, conta Conz.
Considerando as regiões, as vendas cresceram 7% e 8%, respectivamente, no Nordeste e Centro-Oeste e 2% no Sudeste. Já o Norte e o Sul apresentaram retração de 9% e 7%, respectivamente.
As lojas médias apresentaram alta de 2% em julho, enquanto as grandes verificaram queda, de 2%. Os médios estabelecimentos apresentaram estabilidade no período.
Apesar das quedas, o setor de material de construção espera meses melhores: 46% dos lojistas acreditam que devem ter aumento de vendas em agosto. O estudo também indicou que o otimismo do setor com relação às ações do Governo Federal cresceu ligeiramente (de 17% para 20%).
Já a pretensão de novos investimentos cresceu 27% no mês.
Para 2015, a Associação mantém expectativa de 3% de crescimento. Em 2014, o varejo de material de construção registrou um faturamento recorde de R$ 60 bilhões.
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