O comércio varejista apresentou queda de 6,9% nas vendas em agosto, na comparação com o mesmo mês do ano passado, segundo dados divulgados hoje (14) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Nessa análise, sete dos oito segmentos estudos pelo instituto registraram recuo, com destaque para o varejo de móveis e eletrodomésticos, cujas vendas caíram 18,6% no período. As vendas do varejo de livros, jornais, revistas e papelaria caíram 15,6% e o segmento de tecidos, vestuário e calçados apresentou recuo de 13,7% nas vendas em agosto ante o mesmo mês de 2014.
Outros resultados negativos foram: combustíveis e lubrificantes (7,2%), hiper, supermercados, produtos alimentícios e fumo (4,8%), equipamentos e materiais de escritório (7,1%) e outros artigos de uso pessoal e doméstico (2,9%).
Mais uma vez o setor de farmácias foi o único que apresentou aumento nas vendas no período, de 1,1%.
Em agosto, ainda na comparação anual, quando se verifica o resultado do comércio varejista ampliado – aquele que leva em consideração os segmentos de material de construção e veículos – a queda foi ainda maior, de 9,6%.
O segmento de material de construção apresentou recuo de 9,1%, ao passo que o de veículos registraram queda de 15,7%.
Na análise mensal, frente a julho, as vendas do comércio varejista caíram 0,9% e as do comércio varejista ampliado foram 2% menores.
Apesar dos recuos, a receita nominal do comércio varejista cresceu 1,1% ante o mesmo mês de 2014, mas recuou 0,2% na comparação mensal. Já no varejo ampliado, as receitas caíram 0,9% na análise mensal e 2,5% na comparação anual.
Os números do IBGE mostram que, de janeiro a agosto, o comércio varejista já acumula queda de 3% no volume de vendas, mas com aumento de 3,7% na receita nominal – considerando que a inflação deve bater o teto dos 9%, o varejo está perdendo.
Já o varejo ampliado acumula perdas ainda maiores, de 6,9% em volume de vendas e 0,6% em receita nominal, principalmente por conta dos resultados do varejo de veículos, um setor dependente de crédito – que agora está mais escasso e mais caro.
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