Em março, as vendas do varejo registraram queda de 5,7%, em relação ao mesmo período do ano anterior, segundo divulgado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O desempenho do varejo ampliado, que considera as vendas de material de construção e veículos caiu 7,9% no mesmo período.
Considerando a receita, ela aumentou 6,2%, considerando o varejo restrito; e 0,6% considerando o varejo ampliado. Segundo o IBGE, em março, na comparação com o mesmo mês de 2015, todas as atividades aparesentaram recuo no volume de vendas, exceto o segmento de farmácias e perfumaria, que registrou alta de 2%.
As maiores baixas ocorreram nos segmentos de Tecidos, Vestuário e Calçados (-14,1%), Livrarias, jornais, revistas e papelaria (-16,2%), Móveis e Eletroeletrônicos (-13,8%). Materiais de Construção registraram queda de 14,6% no volume de vendas no mesmo período.
Diante desses resultados, a CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo) projetou que o varejo deve registar queda de 4,8% no faturamento – o pior resultado em 16 anos.
“Apesar da perda de força da inflação e seus impactos favoráveis sobre o volume de vendas, o contínuo encarecimento do crédito e a confiança abalada de consumidores e empresários levaram a CNC a reforçar a expectativa de que 2016 será o pior ano do setor varejista desde o início da PMC”, afirmou em nota o economista da CNC, Fabio Bentes.
Para o varejo ampliado, que engloba os setores automotivo e de materiais de construção, a CNC manteve a previsão de queda no faturamento de 8,8% ao final do ano.