O varejo do Estado de São Paulo fechou 46,7 mil vagas formais de trabalho no primeiro trimestre deste ano, segundo pesquisa divulgada hoje (30) pela FecomercioSP (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo).
No mesmo período de 2015, o saldo de vagas do setor ficou em 35.166 empregos com carteira assinada, ou seja, neste ano houve 32,8% mais fechamentos de postos de trabalho nos primeiros três meses do ano.
Ao todo, o setor paulista registrou 2.083.311 funcionários ativos em março – o menor saldo de vagas desde julho de 2012.
Somente em março, o comércio varejista paulista eliminou 13.277 empregos com carteira assinada – esse é o pior saldo para o mês desde o início da apuração dos dados pelo Ministério do Trabalho, em 2007. O terceiro mês do ano foi o quarto seguido em que o varejo paulista apresentou recuo no saldo de empregos formais.
Segundo os economistas da Federação, nem mesmo a Páscoa foi capaz de amenizar o desempenho negativo do mercado de trabalho do varejo do estado.
Para a Federação, o movimento do mercado de trabalho é resultado direto da diminuição da receita de vendas do comércio varejista. “Esse movimento, por sua vez, terá impacto no consumo futuro das famílias e, consequentemente, nas vendas do varejo, que tendem a continuar em queda, realimentando o ciclo negativo no mercado de trabalho do setor”.
Das nove atividades pesquisadas, sete apresentaram queda no estoque de empregos formais em março na comparação com o mesmo mês de 2015, com destaque para os setores de concessionárias de veículos, com registrou recuo de 9%; e de lojas de eletrodomésticos e eletrônicos e lojas de departamento, com queda de 8,4%.
Apenas os segmentos de farmácias e perfumarias (2,3%) e supermercados (0,1%) apresentaram elevação nos estoques de funcionários em relação a março do ano passado.