Números divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta manhã (12/08) mostram que o varejo brasileiro vive um momento histórico. Para o lado negativo. Com uma queda de 2,7% nas vendas no mês de junho na comparação anual, o setor fechou o primeiro semestre de 2015 com um declínio de 2,2% nas vendas em volume, no pior resultado da série histórica desde 2003.
No varejo ampliado, que inclui automóveis e materiais de construção, o resultado foi ainda pior, com queda de 3,5% no mês (apesar de uma alta de 1,1% em materiais de construção) e de 6,4% no acumulado do semestre. Esse foi o terceiro mês consecutivo de redução das vendas na comparação anual, embora no varejo restrito o número de -2,7% represente uma melhora em relação aos meses anteriores (-4,5% em maio e -3,3% em abril).
Cinco das oito atividades do varejo restrito registraram redução das vendas, com destaque negativo para móveis e eletrodomésticos, com recuo de 13,6% na comparação anual. Nitidamente, os setores mais dependentes de crédito têm tido um desempenho muito abaixo da média geral.
Entretanto, setores mais dependentes da renda do consumidor têm apresentado queda nas vendas. Nos super e hipermercados, alimentos, bebidas e fumo, principal segmento do varejo restrito, houve queda de 2,7% em volume na comparação anual. Em tecidos e vestuário, a queda foi de 4,6% e em livros e papelaria, -5,9%.