Desde 2020, quando o levantamento da VR Benefícios em parceria com o Instituto Locomotiva começou a ser feito, o vale-alimentação segue como o benefício de maior acesso do trabalhador, seguido por vale-refeição e vale-transporte. O levantamento de 2022 mostra que, enquanto 72% dos trabalhadores entrevistados recebem vale-alimentação, 45% recebem vale-refeição e 31% recebem vale-transporte. Foram entrevistadas 6.447 pessoas acima de 18 anos entre julho e setembro de 2022.
“Desde sua primeira edição, em 2020, o estudo já apontava que 90% dos trabalhadores entrevistados consideravam os benefícios vale-alimentação e refeição como muito importantes. Assim como afirmaram ser fundamental que estabelecimentos comerciais aceitassem ambos os benefícios. As edições subsequentes da pesquisa consolidaram a percepção. Em 2021 e 2022, 93% dos trabalhadores avaliaram como importante o recebimento de vale-alimentação e 91% o de vale-refeição”, destaca a diretora-executiva de Experiência do Cliente da VR Benefícios, Priscila Abondanza.
Por que o vale-alimentação é tão importante?
Apesar de as empresas não serem obrigadas, por lei, a fornecer o vale-alimentação, o benefício tem como objetivo assegurar uma alimentação de qualidade ao trabalhador durante sua jornada de trabalho. Além disso, funciona como um atrativo da empresa para o colaborador e dá autonomia para que ele decida como vai se alimentar, diferentemente de quando há refeição no local de trabalho, por exemplo.
“O vale-alimentação é um benefício que oferece comodidade e segurança aos trabalhadores, uma vez que além de cuidar bem da sua alimentação, permite que o colaborador também possa garantir a alimentação da sua família e melhorar sua qualidade de vida como um todo”, afirma Priscila Abondanza.
Segundo a pesquisa realizada no ano passado, 70% dos trabalhadores ouvidos costumam fazer comida em casa e/ou levar marmita, principalmente trabalhadores das classes CDE. Para a diretora-executiva da VR Benefícios, esses hábitos alimentares podem explicar outros dados da pesquisa, como o fato de menos da metade dos respondentes (45%) receberem vale-refeição. “A porcentagem de colaboradores que realizam suas refeições em estabelecimentos comerciais chega a apenas 17%”, complementa.
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Inflação influencia nos hábitos alimentares no uso do VA e do VR
Por outro lado, o delivery de alimentos também segue popular, com 74% afirmando utilizar serviços de entrega de refeições. Porém, a porcentagem é menor do que em 2021 (78%). A queda na utilização do serviço de delivery e a baixa porcentagem de pessoas que se alimentam fora de casa podem ainda estar relacionados com o aumento dos preços nos últimos dois anos.
De acordo com os dados levantados pela pesquisa, por causa da inflação em 2022, 95% dos entrevistados diminuíram as compras e o maior impacto foi na alimentação:
- 83% reduziram a compra de carnes;
- 70% reduziu alimentação fora de casa;
- 53% reduziu leite;
- 41% diminuiu o uso de óleo de cozinha.
Entre quem faz home office, 87% declaram que os gastos com alimentação aumentaram em 2022, em comparação com 2021. Em média, os trabalhadores gastam R$300 mensais com alimentação dentro de casa.
Benefícios flexíveis ganham espaço aos poucos
Vale-alimentação e vale-refeição são comuns nas empresas, mas a adoção do benefício flexível pode ser ainda mais vantajosa para o colaborador. Isso porque permite que um mesmo cartão seja utilizado tanto em estabelecimentos como padarias, açougues e supermercados, quanto em restaurantes e bares.
Levando em conta que, para mais de 90% dos trabalhadores, a aceitação do vale-alimentação e vale-refeição é considerada muito importante, o benefício flexível pode ser a solução pois funciona como um cartão de crédito pré-pago, que pode ser usado em qualquer estabelecimento que aceite a bandeira do cartão e esteja relacionado à categoria de benefícios. É possível, ainda, que o próprio colaborador decida quanto de um determinado valor destinará para cada setor, como alimentação, saúde e transporte.
Os benefícios flexíveis, no entanto, ainda são pouco utilizados: apenas 5% dos respondentes afirmaram recebê-los da empresa em que trabalham. Mais da metade (57%) desconhece o conceito desse tipo de benefício. “Entre os que confirmaram conhecer o modelo, 34% disseram que ter o vale-alimentação e vale-refeição em um único cartão é a característica que consideram mais importante em um modelo de multibenefícios”, aponta a diretora-executiva da VR Benefícios.
Ela explica que, por ser um produto recente, os colaboradores ainda estão se familiarizando com o conceito e o percentual dos que não conhecem o benefício flexível já vem caindo (era 60% em 2021 e 57% em 2022). “Atenta a essa tendência, a VR ampliou suas soluções, com o VR Multi, por exemplo, onde atendemos ao interesse do colaborador em ter ambos os benefícios em um mesmo local, garantindo uma jornada simplificada, e facilitando o trabalho de empregadores com a destinação específica de cada benefício ou auxílio concedido”, exemplifica.
Vale-alimentação e benefícios de saúde são os mais valorizados
O levantamento da VR Benefícios mostrou ainda que, além do vale-alimentação, a saúde é o setor considerado mais importante a ser contemplado em uma solução de multibenefícios (para 51% dos entrevistados), especialmente entre os trabalhadores de menor renda.
“Sobre os benefícios relacionados à saúde, o reconhecimento pode ser explicado através do acesso que os trabalhadores possuem a ele. Muitos colaboradores passam a ter acesso ao benefício quando ofertado pelo empregador. É quando o trabalhador tem a oportunidade de cuidar melhor do próprio bem-estar”, explica Priscila Abondanza. A saúde, aliás, vem recebendo atenção entre os trabalhadores: 41% deles estão muito preocupados com a saúde mental e 81% gostariam de dedicar mais tempo à saúde do que dedicam hoje.
A diretora-executiva de Experiência do Cliente da VR Benefícios destaca ainda, o papel da gestão em proporcionar mais bem-estar aos colaboradores, seja com a oferta de benefícios ou com outras ações. “Cada vez mais trabalhadores escolhem fazer parte de empresas com iniciativas e que promovam benefícios voltados à saúde, bem-estar e, consequentemente, qualidade de vida, dentro e fora do trabalho. Por isso, é importante que as empresas desenvolvam um olhar atento às necessidades dos trabalhadores, e sua relação de equilíbrio entre vida pessoal e profissional. É a sinergia entre companhias e colaboradores que destaca uma empresa das demais”.
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