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Conheça o Unbanx, aplicativo que monetiza os seus dados

Conheça o Unbanx, aplicativo que monetiza os seus dados

Seus dados pessoais são compartilhados e vendidos na internet a todo momento. Já pensou em lucrar com isso?

Mesmo com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) em vigor desde 2020, muitos dos nossos dados pessoais estão expostos pela internet, especialmente quando usamos as redes sociais. Já imaginou, então, poder lucrar com isso? Isso é o que o Unbanx, aplicativo irlandês que explora o mercado de dados, tem feito pelo usuário.

O Unbanx foi criado em 2020 por dois engenheiros experientes em APIs de Open Banking, Alan McDonald e Ger McDonald. Está disponível no Google Play e na App Store, por enquanto apenas no Reino Unido e na Irlanda. A intenção com a criação do app é fazer com que os usuários ganhem recompensas ao compartilhar seus dados pessoais, começando pelos dados de transações bancárias.

Como o Unbanx funciona?

O Unbanx é um aplicativo que funciona com o open finance, ou seja, se conecta às contas bancárias para captar transações financeiras e outras informações. Com o open finance, dados financeiros podem ser compartilhados entre instituições financeiras de forma segura e controlada. O Unbanx vende esses dados, devolvendo 70% dos lucros das vendas para o usuário.

Esse compartilhamento de dados é totalmente opt-in, ou seja, é o próprio usuário quem escolhe quais dados fornecer, de forma transparente. Antes da venda, aliás, os dados são anonimizados. As recompensas são recebidas em forma de pontos, que podem ser resgatados em forma de vales e cartões-presentes com parceiros varejistas da Unbanx (que incluem lojas como Amazon e Nike).

O usuário ganha esses pontos em cada compra que fizer ou contas que pagar e pode receber ainda mais pontos com atividades extra, por exemplo, respondendo a pesquisas, compartilhando com amigos e dando feedbacks. Os criadores do app explicam que o valor ganho pode variar e depende da frequência com que os dados são usados: inicialmente, a estimativa é que o usuário ganhe cerca do valor de um café por mês e, à medida que o Unbanx aumenta, o valor também aumentará.

Já para as empresas interessadas em comprar esses dados, a vantagem é que eles serão combinados com os dados de diversas outras pessoas, possibilitando insights para a criação de produtos e serviços para um público específico. No site da Unbanx, os fundadores descrevem: “Nós fornecemos a agência e a tecnologia para combinar os dados em tempo real de uma pessoa com os de outras pessoas de forma anônima e segura – e ainda distribuir a receita de volta para as pessoas quando alguém paga para acessar esses dados”.

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Dados compartilhados: um mercado valioso

O compartilhamento e a venda de dados trazem vantagens às empresas que vão bem além de conseguir um número de celular para tentar realizar uma venda. Com a coleta e análise de dados, é possível estudar o comportamento do consumidor, gerando propagandas mais assertivas.

Mais especificamente, os dados de transações financeiras, por exemplo, mostram a forma como o usuário gasta o dinheiro (quanto, em que, onde, por quê). Assim, também é possível elaborar ofertas personalizadas de produtos e serviços financeiros, tornando esse mercado bastante lucrativo.

Segundo informações do site da Unbanx, o mercado global de dados de transações bancárias pode ser dimensionado em torno de 4,5 bilhões de dólares. “Até agora, os bancos vendiam discretamente os dados bancários de seus clientes para a indústria de análise de dados, obtendo lucros multimilionários. No Unbanx, acreditamos que uma pessoa deve poder se beneficiar do valor dos dados criados por ela ou sobre ela. Indivíduos, e não os gigantes corporativos, devem ter propriedade e controle dos seus dados pessoais”, diz o CEO e cofundador da Unbanx, Alan McDonald.

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Unbanx traz autonomia para os usuários escolherem o que querem fazer com os próprios dados

“Permitir que os indivíduos lucrem com seus próprios dados bancários pessoais é apenas o começo da revolução dos dados pessoais. Planejamos lançar recursos que permitirão às pessoas monetizar várias outras formas de seus dados pessoais no futuro que a legislação da UE e do Reino Unido está permitindo”, diz o COO e cofundador da Unbanx, Gerar McDonald.

Enquanto a intenção é crescer no Reino Unido, não há previsão de que o Unbanx comece a funcionar no Brasil. No entanto, desde outubro de 2022 existe no país um aplicativo com funções semelhantes, o primeiro lançado no Brasil. A dWallet, criada pela DrumWave em parceria com a IBM, também permite aos usuários explorarem como desejam lidar com o acesso aos dados financeiros, compartilhando-os em troca de recompensas.

A DrumWave é uma startup sediada em Palo Alto, nos Estados Unidos, e fundada por sócios brasileiros e colombianos. Recebeu aporte do programa IBM Open Ventures, que identifica e integra scale-ups por meio de treinamento e implementação de automação, inteligência artificial e segurança.

Assim como o Unbanx, o sistema da dWallet é baseado em certificados de blockchain. Contudo, o app é uma carteira digital que vai bem além de reunir dados de transações financeiras. Pode armazenar, também, dados sobre saúde, atividade física e alimentação dos usuários, entre outras informações sobre estilo de vida; documentos e até localização em tempo real.

O aplicativo já foi lançado, porém ainda está em fase inicial. A expectativa é que esteja totalmente no até junho deste ano, mas já é possível encontrá-lo no Google Play e App Store. Vale destacar, ainda, a importância do cumprimento da LGPD pelas empresas criadoras desses aplicativos, que devem proteger a privacidade dos usuários e garantir a segurança desses dados. A lei brasileira deve ser cumprida também por todas as empresas estrangeiras que tratam de dados pessoais de pessoas físicas do Brasil.

Para o analista líder na TGT/ISG (Information Services Group), David de Paulo Pereira, é importante que as empresas criadoras desses aplicativos sejam o mais transparentes possíveis em relação à venda e utilização dos dados dos usuários, criando, por exemplo, documentos específicos sobre tratamento de dados, e não só o termo de uso que raramente é lido.

“Nossos dados já são monetizados a todo momento, quando entramos nas redes sociais, por exemplo, e recebemos anúncios com um nível alto de personalização. A proposta desses aplicativos não fere a LGPD e deixam claro que vão monetizar os dados. Mas os usuários precisam ter clareza de até onde essa venda pode chegar. Nem sempre isso fica claro, então uma boa prática por parte das empresas é deixar explícito o que elas vão fazer com esses dados, mantendo a ética no relacionamento com o consumidor”, explica.

Pereira, que é autor do estudo ISG Providers LensTM Cybersecurity Brazil 2023, complementa ainda que não espera uma adesão massiva no início, mas que existe um nicho de usuários disposto a buscar esse tipo de renda adicional. “Além da transparência por parte da empresa, o ideal é que o usuário também se atente às informações sobre o tratamento dos dados pessoais, lendo com cuidado o termo de consentimento”.


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