Só não vê quem não quer. Embora ainda encontre muitas resistências entre setores mais conservadores, surge forte um movimento que luta ?por toda forma de amor?. Os lares brasileiros estão mudando. Amigos que moram juntos, casais sem filhos, solteiros com filhos, casais homossexuais, idosos sozinhos. A diversidade é grande e isso afetará o mercado cada vez mais, começando em 2016.
Como as pessoas hoje em dia vivem mais, os idosos trazem novas exigências. À medida que mais mulheres se juntam à força de trabalho e os homens se envolvem com tarefas domésticas e de cuidados às crianças, surge uma nova compreensão do significado dos gêneros. Ao mesmo tempo, o crescente número de animais de estimação atinge um novo patamar entre as famílias brasileiras. Os peludos ganharam um novo status e não estão mais confinados a um lugar particular no quintal da casa. Eles agora mudam a vida das pessoas com seus próprios gostos e atitudes.
Por isso, Famílias Alternativas surge como a quarta tendência que impactará o mercado brasileiro em 2016, de acordo com pesquisa da Mintel.
?Essa nova abordagem familiar gerou, por exemplo, um grande efeito na indústria de rações para animais domésticos, que deve crescer 6,5% em 2016. E várias empresas estão começando a ver o potencial da demografia dos cidadãos mais velhos, lançando iniciativas para incentivá-los a adotar um estilo de vida mais ativo?, comenta Graciana Méndez, analista de tendências da Mintel.
Por sinal, 55% dos brasileiros com idade superior a 55 anos dizem se exercitar, segundo dados da Mintel. No que diz respeito a novos arranjos familiares, a pesquisa constata que 13% dos consumidores dizem que as propagandas de hoje devem representar melhor a diversidade no Brasil. Como os consumidores estão mais conscientes das famílias não tradicionais, os brasileiros vão prestar mais atenção nas marcas que apresentam as várias dinâmicas do ?novo normal?.
Em 2016, provavelmente veremos mais espaços de gênero neutro, como o toilet da Casa Branca, que pode ser usado por todos, independentemente da identidade de gênero. Além disso, podemos ter um maior número de varejistas de moda unissex. Em 2015, por exemplo, a marca brasileira UMA apresentou uma coleção unisex na São Paulo Fashion Week.
Assim, iniciativas preconceituosas não terão vez. O retrato de ?pessoas reais? no marketing será cada vez mais valorizado. Algumas marcas já começaram a explorar isso, incluindo os laboratórios Pfizer com sua campanha ?Velho Quem??, que desafia as ideias estereotipadas sobre os idosos e promove interação entre as gerações.
?Ações que suportam as necessidades de uma população cada vez mais diversificada ganharão impulso em 2016, incluindo instalações de trabalho flexíveis para acomodar as necessidades dos proprietários de animais de estimação e dos programas de apoio para integrar diferentes gerações?, finaliza Graciana.
Confira aqui a primeira tendência, a segunda e a terceira. Você ainda pode baixar o estudo completo aqui.