O Uber é pop. E é polêmico. Cerca de 2.500 taxistas protestaram na Praça Charles Miller contra o aplicativo que suberteu a ordem das indústrias de transporte privado ? e que incomoda muita gente no mundo inteiro.
A prefeitura de São Paulo afirma que o aplicativo é ilegal e que já estão sendo tomadas providências pelo mundo. Mas os consumidores não pensam assim. A bancária Mariana Silveira é uma das entusiastas do app, em especial nas viagens internacionais. ?Lá fora não dá para se familiarizar tão imediatamente com o serviço de transporte e o Uber é febre mundial?.
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De acordo com a prefeitura, Google, Uber e Apple, responsáveis pelo aplicativo, foram notificados. Mas e daí?
Hoje o aplicativo teve um número cinco vezes maior de downloads do que a média. Parece que protestar não é suficiente.
O Uber é apenas uma pequena amostra de uma mudança de comportamento essencial, que já nasce com as novas gerações: não precisamos do sistema.
Economia colaborativa: uma via de mão dupla
Os modelos de economia compartilhada e informal, como Uber e AirBnb provam que o oficial é um mero detalhe e que a autonomia é inevitável. Não queremos obedecer ao mercado. Por isso pipocam vertiginosamente startups e o modus operandi de quem não quer obedecer regras, ao consumir, ao trabalhar, ao morar.
Ao contrário do que é oficial e, naturalmente, burocrático, esses modelos são sustentáveis por natureza, que criam um ecossistema marginal, mas que fará com que toda a cadeia precise ser repensada.
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Não adianta espernear. Seja no Brasil ou na Europa (taxistas já brigam contra desde 2014), mudamos. O consumidor mudou e se o mercado não mudar, será substituído por todo o resto que brota de mentes inquietas e insubordinadas.