O setor atacadista distribuidor teve sua 42ª Convenção do Canal Indireto da ABAD (Associação Brasileira do Atacado Distribuidor) em junho/23 e divulgou os números do ano de 2022 em sua revista digital . O canal indireto, foi responsável por 52% das vendas do varejo alimentar brasileiro considerando as seguintes categorias: alimentos, bebidas, higiene e beleza, limpeza, cigarro e bazar.
No levantamento foram considerados mais de 1 milhão e cem mil pontos de vendas dentre eles: supermercado grande e pequeno, hipermercado, lojas tradicionais, bares e restaurantes, farmácia e perfumaria. É importante considerar o papel do atacadista e do distribuidor no Brasil como complemento da venda e distribuição da indústria de bens de consumo, uma vez que o varejo tem alta fragmentação em pequenos negócios e dispersão geográfica.
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Nesse contexto, o atacado deve servir esses canais/formatos de loja complementando o alcance logístico da indústria. Essa força de distribuição se encontra demonstrada na tabela a seguir onde é possível visualizar o percentual de cobertura que o canal indireto possui em cada segmento de varejo, com destaque a lojas tradicionais, bares/restaurantes e supermercados pequenos.
O ranking da ABAD contou com a participação de mais de 650 empresas do setor. O faturamento do atacado atingiu cerca de R$ 364,3 bilhões no ano passado com crescimento nominal de 18% e real de 12% versus o ano de 2021. Há que se considerar que o ano de 2022 teve inflação alta, restrições da cadeia de insumos e apesar da queda no final do ano, o valor do IPCA acumulado em dezembro/22 foi de 5,79%.
No gráfico a seguir é possível notar a retomada da importância do indireto em 2022.
A partir de 2020 o Comitê do Canal Indireto da ABAD promoveu uma iniciativa de aproximação entre líderes de indústrias e agentes de distribuição para debater o futuro do canal indireto em um cenário de contantes mudanças e transformações. O grupo contou com apoio da FIA e da Integration e traçaram as seguintes tendências:
Maior acesso a informações aumentará a eficiência na operação;
Segmentação e especialização serão essenciais para a sobrevivência do indireto em função da maior variedade de tipos e propostas de varejo a serem atendidos;
O avanço de novas tecnologias está mudando o papel do vendedor/representante.
Esse levantamento listou mais de 30 iniciativas de transformação digital nas múltiplas áreas de uma empresa como, comercial operacional e administrativo. Em cada uma foram identificados fatores como a mandala a seguir resume muito bem.
A digitalização do pequeno varejo possui um desenho de 4 perspectivas que abrangem as seguintes dimensões: fornecedores e seus canais, consumidores mais digitais, concorrência acirrada de diversos formatos e gestão interna (CRM, operações). O Pequeno varejo está em transformação e tem novos caminhos a serem tomados frente a jornada figital do cliente.
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