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Como anda o mercado de trabalho para a Terceira Idade no Brasil?

Como anda o mercado de trabalho para a Terceira Idade no Brasil?

Número de trabalhadores com 70 anos ou mais cresceu 20% no Brasil e empreendedorismo também ganha força na Terceira Idade

Com o envelhecimento da população brasileira se tornando uma realidade cada vez mais presente, o mercado de trabalho precisa se adaptar para receber profissionais da terceira idade. De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil já ultrapassou a marca de 30 milhões de pessoas acima dos 60 anos, e a expectativa é que, a partir de 2039, haja mais idosos do que crianças no país.

Uma tendência recente mostra um aumento significativo no número de trabalhadores com 70 anos ou mais. Segundo o IBGE, desde abril de 2021, esse número cresceu mais de 20% no Brasil. Diante desse cenário, empresas de diversos setores se preparam para receber candidatos da terceira idade e aproveitam todo o potencial que eles têm a oferecer.

Brasil tem mais 30 milhões de pessoas acima dos 60 anos;
a partir de 2039 a expectativa é haver mais idosos do que crianças no país

Promover integração é a chave

Segundo o mentor de empresários, André Minucci, o grande salto para um melhor aproveitamento dessa mão de obra no Brasil está em promover a integração das diferentes gerações no ambiente de trabalho. “Quando você mistura as novas gerações com a mais sênior num ambiente de troca, de compartilhamento de informação, de conhecimento, todo mundo sai ganhando”, diz Minucci, já que a diversidade de experiências e perspectivas enriquece as equipes e pode impulsionar a inovação e o crescimento das organizações.

No entanto, o especialista aponta que é importante combater o preconceito e os estereótipos em relação aos profissionais mais velhos. Muitas vezes, eles são vistos como ultrapassados ou incapazes de se adaptar às novas tecnologias e dinâmicas do mercado. “Esses preconceitos são infundados e não refletem a realidade. Profissionais mais velhos possuem uma bagagem de conhecimento e experiência que pode ser extremamente valiosa para as empresas”, avalia Minucci.

Leia mais: Setor de telecomunicações vai gerar 34,6 mil empregos até 2025

Para se preparar para esse desafio, as empresas podem adotar algumas medidas, segundo o especialista. “Uma delas é investir em programas de capacitação e atualização para os profissionais, garantindo que eles estejam atualizados com as novas tecnologias e tendências do mercado. Além disso, é importante criar um ambiente inclusivo, que valorize a diversidade etária e promova a integração entre as diferentes gerações”, frisa Minucci.

Crescimento profissional da terceira idade

Outro levantamento, realizado pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), revelou que cerca de 7,5% das pessoas na faixa etária entre 55 e 64 anos decidiram abrir um negócio. Esse número representa um aumento significativo em relação a 2019, quando apenas 3,5% desse público havia encarado o desafio do empreendedorismo. Essa tendência mostra que muitos profissionais estão buscando novas oportunidades e desejam se manter ativos no mercado de trabalho.

Ao mesmo tempo, é fundamental lembrar que o desenvolvimento de habilidades não se limita apenas às competências técnicas, mas também inclui o aprimoramento de habilidades interpessoais, liderança, resolução de problemas e adaptação às mudanças.

De acordo com Minucci, um treinamento corporativo adequado se torna essencial. A empresa deve oferecer programas de capacitação que não apenas atualizem os conhecimentos técnicos do profissional mais velho, mas também promovam o desenvolvimento de habilidades socioemocionais e a capacidade de adaptação a novas realidades e tecnologias.

“É importante ressaltar que o objetivo do treinamento não é apenas capacitar o idoso a realizar tarefas de forma robotizada, mas sim promover o seu crescimento pessoal e profissional. Ao oferecer oportunidades de aprendizado contínuo, a empresa valoriza e reconhece a contribuição, proporcionando um ambiente estimulante e motivador”.

Além disso, é fundamental que a empresa crie um trabalho inclusivo, no qual se sintam valorizados e respeitados. Isso pode ser alcançado por meio de políticas de diversidade e inclusão, programas de mentoria e oportunidades de participação em projetos estratégicos.

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Os profissionais mais velhos têm muito a contribuir, seja com sua experiência, conhecimento ou visão de mundo, e quando combinados com as habilidades das gerações mais jovens, podem gerar um ambiente de trabalho enriquecedor e produtivo.

Ao se preparar para receber candidatos dessa faixa etária, investindo em treinamentos e criando um ambiente inclusivo, as empresas estão se posicionando para aproveitar o conhecimento e a experiência desses profissionais. “O mercado de trabalho está evoluindo, e cabe às empresas abraçarem a diversidade etária e colherem os benefícios que isso pode trazer para o sucesso organizacional”, finaliza Minucci.

A relação da terceira idade com a tecnologia

Outro fato interessante sobre Terceira Idade é a sua relação com a tecnologia. De acordo com a CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas), houve um aumento de 12% no uso de internet por pessoas da terceira idade durante a pandemia da Covid-19, já que as pessoas idosas eram o público de maior risco.

Mesmo agora, com o cenário pandêmico controlado, o hábito não mudou e a frequência de acesso é alta: 99% das pessoas com mais de 60 anos usam a internet todos os dias, sendo que 78% deles afirmam não precisar da ajuda de terceiros para navegar na rede; 44% contaram com a ajuda de familiares e conhecidos para começar a usar a internet, enquanto 26% aprenderam sozinhos e uma média de 21% aprendeu durante o trabalho.

Diante deste cenário, uma pesquisa chamada “Design de futuros: internet na terceira idade”, que ouviu mais de 200 idosos, entre 60 e 92 anos, de diversos perfis e regiões do Brasil, realizada pela consultoria especializada em Design e experiência do usuário, a Tuia, corroborou que esse hábito se consolidou só tende a crescer dentro desse público no Brasil.

Cerca de 59% entrevistados disseram que começaram a utilizar a internet para se manter informados, falar com amigos e familiares (55%), aprender a utilizar novas tecnologias (52%) e trabalhar (42%). Assim como a internet, o número de pessoas com mais de 60 anos que possui um telefone celular para uso pessoal, principal meio de conexão, também aumentou de 66,6% para 71,2%. Em relação ao sistema operacional, o Android é o mais utilizado entre a população da terceira idade e as marcas de celulares mais populares são Samsung e Motorola.

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Entretanto, dificuldades ao usarem a internet ainda existem para esse público. São elas: a falta de familiaridade com as ferramentas e a linguagem online (26%), o bloqueio ou perda de senhas (15%), apagar documentos por engano (7%) e limitações motoras, visuais ou de memorização (7%).

Preferências e redes sociais

Vale mencionar que as redes sociais também são fortemente acessadas por 81% dos respondentes, da pesquisa da Tulia, seguido por atividades como ler notícias (68%) e enviar mensagens de texto instantâneas (57%), nas seguintes redes: WhatsApp (92%), Facebook (85%), Youtube (77%) e Instagram (69%). Outras atividades frequentes são: fazer videochamadas, assistir vídeos, filmes e séries por streaming, pesquisar preços e promoções, além de utilizar serviços bancários digitais.

Sobre suas preferências, um levantamento da UNATI/UEM (Universidade da Terceira Idade – Universidade Estadual de Maringá), aponta que a terceira idade busca além de informações em geral, assistir lives, shows, aulas de atividades físicas e meditação, também utilizam a internet para produzir e compartilhar conteúdo como influenciadores digitais.



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